Observar a criança é a chave para o sucesso na formação escolar e pessoal

Por Aline Renil 20/12/2017 - 09:35 hs

*Aline Renil

O garoto é inquieto, desatento, espalha brinquedos e material pela sala, enfim, faz uma bagunça e tanto. Não é fácil para o professor ou os pais acompanharem e cuidarem desse comportamento. Até parece que a criança faz questão de que essas pessoas se dediquem a correr atrás para retomar a ordem do lugar.

Estudos apontam que essa situação pode ser controlada com a observação, tanto no ambiente escolar como familiar.

Observando cuidadosamente, o educador ou os familiares podem detectar o que realmente prende a atenção dessa criança. Assim, é possível selecionar e planejar atividades adequadas ou mesmo materiais que a oriente a aprender e entender o mundo que a cerca.

Há casos em que a inserção da música, do esporte, da arte, entre outras atividades, reduziram quase que totalmente essa inquietude.

O que deve ser observado

Especialistas recomendam observar tudo: saúde e desenvolvimento físico, temperamento, habilidades e capacidades, interesses, uso da linguagem verbal e corporal, interações sociais com outros adultos e crianças, enfim, uma observação constante.

A partir de então se elabora um planejamento – escolar ou familiar, que de fato agrade e conquiste o interesse da criança. Em sala de aula, por exemplo, um aluno que faz riscos e afirma ter terminado o desenho ou mesmo que aperte por demais o lápis sobre o papel, que o colega faça o desenho por ele, debruce por um longo período, enfim, que apresente sintomas de hiperatividade, pode ser controlado por intermédio de outras atividades, algo que realmente desperte seu interesse. Isso faz com que, ao retornar às práticas normais esteja mais calmo e direcionado.

O mesmo vale para o cotidiano familiar

Como observar

Estudos recomendam que não se pode trabalhar o assunto utilizando de extremos, ou seja, não é possível se observar a partir do nada. Interagir com a criança, perguntar, participar, isso faz com que se descubra do que realmente ela precisa e, a partir de então, utilizar métodos alternativos e eficazes. Deve-se procurar exercer a menor pressão possível para que a solução não seja um fator atenuante contrário.

*Aline Renil é diretora do Colégio Renil em Mauá