Quais os riscos da vacinação?

Por Luiz Marcelo Pierro 27/02/2018 - 10:13 hs

Atualmente, muito se discute sobre as vacinas das quais dispomos tanto em clínicas privadas como nos serviços públicos de saúde, uma vez que elas são substâncias importantes, pois agem diretamente na prevenção de doenças.

O grande objetivo no uso das vacinas é evitar epidemias ou sofrimento pessoal com doenças, e evitar tratamentos, já que elas podem agir contra vírus e bactérias que geram diversas enfermidades no organismo. Podendo ser aplicadas com injeções no braço ou em outras regiões do corpo, ou por via oral, elas têm o poder de erradicar males como fez com a varíola, na década de 1970.

Quanto a sua produção, as vacinas são criadas com organismos causadores da doença, sejam eles enfraquecidos, mortos ou com alguns derivados. Primeiro, os vírus são injetados em células animais, como no ovo da galinha. Depois que se multiplicam, passam por um processo de enfraquecimento para não causar doença. A intenção, no entanto, é deixá-lo forte o suficiente para que ative o sistema imune e desenvolva anticorpos. E por ativar o sistema imune, as vacinas que são de vírus enfraquecido, por exemplo, provocam reações leves, como a que ocorre na gripe.

Os casos de reação a vacina ocorrem em pessoas com baixa imunidade que fazem uso da vacina com vírus enfraquecidos ou naqueles que possuem algum tipo de alergia ao conservante da substância. As vacinas mais conhecidas que utilizam o vírus vivo enfraquecidos são a da dengue, febre amarela, herpes zoster, poliomielite, tetraviral e varicela. Todas essas podem provocar algum tipo de sintomas no paciente entre 5 e 20 dias após sua aplicação. São contraindicadas em gestantes e pessoas com imunidade baixa.

Já as vacinas de vírus mortos, ou inativados, são da HPV, raiva, tríplice bacteriana, meningocócicas e hepatites. Geralmente, elas apresentam poucos sintomas colaterais que ocorrem de 24 a 48 horas após a imunização e não existe o risco de produzir a doença. Os efeitos indesejáveis são dor, inchaço local, vermelhidão no local da aplicação.

Além disso, as vacinas podem ser divididas por faixa etária. As crianças, por exemplo, devem ser imunizadas contra a tuberculose, sarampo, rubéola e caxumba, hepatite B, poliomielite, difteria, tétano, coqueluche e meningite. No caso da vacina da poliomielite - a famosa gotinha, e assim como as de difteria, tétano, coqueluche e meningite, devem ser aplicadas em mais de uma dose.

Para os adolescentes, as principais vacinas são de difteria, sarampo, rubéola, tétano e hepatite B, tanto para aqueles que ainda não tomaram quando jovens, ou em caso de reforço.  

Nos casos dos idosos, cuidados especiais devem ser tomados devido à saúde frágil. A este grupo, as vacinas que devem ser ministradas são a da Gripe (Influenza), durante a campanha que ocorre nos meses de abril e maio - época que precede o inverno e aumenta o risco de gripes, e a vacina de Pneumonia para pacientes acima de 60 anos e idosos que vivem em instituições fechadas como casas de repouso ou hospitais. Esta vacina é aplicada a cada 5 anos.

As mulheres grávidas também podem ser vacinadas, contanto que haja uma atenção maior a este grupo.

Na dúvida, sempre procure um médico para orientar se você deve tomar ou não a vacina e quais as reações que podem ocorrer.

Um abraço.