Dono do Restaurante do Vadão, um dos mais conhecidos e populares estabelecimentos gastronômicos de Mauá, Ariovaldo Arruda, o Vadão, não é um homem de se acomodar. Mesmo comandando uma casa que é referência na cidade, ao lado de sua esposa, Elena Conceição Claro de Arruda, a Lena, e de seus dois filhos, Caique Claro Arruda e Caio Vinicius Arruda, Vadão sempre está pensando e buscando novidades para agradar ao público. E talvez seja esse o seu grande segredo para o SUCESSO.

A história de Vadão no ramo gastronômico, porém, não começou de cara com seu restaurante. Antes disso, há quase 30 anos, em 1990, ele montou ao lado de um sócio o Brisa Chopp, bar localizado na Avenida Portugal que em pouco tempo se tornou uma referencia para o público jovem. Daquela época, ele guarda boas lembranças.

“Fomos um SUCESSO total desde que montamos o Brisa Chopp. Foi um ponto de referência para os jovens daquela época. Muitos nem falavam que iriam para a Avenida Portugal ou para o centro, falavam que iam para o ‘Brisa’, usando de referência quando queriam dizer que estavam por aqui, na região”, recorda.

Segundo Vadão, a boa receptividade que o seu antigo bar teve, inspirou muitas pessoas a montarem estabelecimentos semelhantes na região central de Mauá. Mas mesmo com a boa fama, Vadão pensava em expandir seus negócios para outra vertente, o que fez com que ele deixasse a sociedade no Brisa Chopp e fosse em busca de um negócio mais diversificado, ainda no ramo gastronômico. Sua vontade era atingir um novo público. E assim ele o fez.

Depois de deixar a sociedade no Brisa Chopp, em 1999, Vadão foi para o Nordeste, ao lado de sua família para montar um novo empreendimento. Contudo, logo ele retornou à Mauá e, rapidamente, encontrou uma bela oportunidade para colocar em prática sua nova ideia.

“Quando voltei, já fui logo para esse ramo. Consegui um ponto em frente de onde estamos hoje e recomeçamos a nossa história. Isso já tem 17 anos”, contou Vadão que também lembra as dificuldades que ele teve no início para se estabelecer com seu restaurante, “O que ocorreu naquela época (início dos anos 2000), é semelhante ao que acontece agora. Tínhamos um índice alto de desemprego, então muitas pessoas se voltam para seus negócios próprios para suprir suas necessidades e tentar ganhar um dinheiro extra. A dificuldade foi essa”,

Mas apesar das dificuldades, Vadão tinha certeza de que sua vida era realmente voltada para esse ramo. E, aos poucos – e com ajudas fundamentais, ele foi começando a montar sua nova estrutura.

“Falei com um amigo, o Wilson, e consegui arrumar algumas mesas, cadeiras e uma chopeira e, logo em seguida, tive uma sorte muito grande porque o Hélvio Bozzato tinha desativado um bar em frente da estação ferroviária. E ficou muita coisa para ele se desfazer. Ele me vendeu mesas, cadeiras, geladeira, freezer (...) ele mesmo me disse ‘eu faço às vezes de uma Casas Bahia pra você’. Então fui pagando de pouquinho em pouquinho e isso me ajudou muito. E desde então não parei mais e só fomos aumentando o negócio”.

Vadão ressaltou ainda a importância que sua família teve para o SUCESSO do novo negócio. Hoje, todos trabalham no restaurante, cada um com sua função. “Minha mulher e meus dois filhos têm grande parte nisso. Os meninos, quando novinhos, já vinham pra cá ajudar a atender mesas, tirar os pedidos. Para eles era uma diversão, mas para nós era uma grande ajuda. A família foi a base que fez com que chegássemos onde estamos hoje”, garantiu Vadão. De acordo com ele, a parte das ideias e inovações para o estabelecimento ficam ao seu cargo. Já sua esposa, Lena, cuida da gestão do restaurante, enquanto os meninos dão o suporte necessário em qualquer área. Além disso, ele foi só elogios a dedicação de todos que formam a equipe de trabalho do restaurante.

Hoje referência em Mauá, o Restaurante do Vadão tem suas especialidades, como a grande variedade de caldos, prato que caiu nas graças dos freqüentadores. A inquietude de Vadão, porém, faz com que ele sempre esteja de olho em novidades. E isso fica claro com a nova investida para o período de Primavera/Verão: as comidas de boteco.

“Fomos muito bem durante o inverno com os caldos. Mas quando começa a entrar a primavera, no fim de setembro, temos de buscar outras alternativas. Claro que quem gosta de tomar caldo toma o ano inteiro, mas diminui bastante. Então temos a necessidade de fazer outras coisas. Por isso, decidimos pelas comidas de boteco, muitas com inspiração do nordeste, para atrair esse público”.

Por fim, Vadão afirma ter muito orgulho de todos esses anos de trabalho e que aprendeu muito com os ‘tombos’ que levou na vida. “Tomamos muitos tombos durante a nossa trajetória. Mas levo mais em conta o trabalho no dia a dia e isso é o que nos fortalece. Quanto mais tombos, mais fortalecido estou por Deus”, finaliza.