Flávio Peregrino: Uma vida de trabalho e conquistas

Por Capa 25/03/2019 - 17:23 hs

Uma vida dedicada ao trabalho. Assim podemos descrever a trajetória do empresário mauaense Flávio Peregrino, proprietário do Escritório Contábil Ética, que em 2018 completou 25 anos de atuação e hoje é uma referência não apenas na cidade. Para se ter uma ideia de como o trabalho de Flávio e de seus colaboradores se expandiu ao longo dos últimos anos, além de possuir clientes em Mauá e nas outras seis cidades que compõem o Grande ABC, o Escritório Contábil Ética atende ainda a parceiros na capital São Paulo, em cidades do interior do Estado e também em outras capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e Curitiba. E tudo isso é uma consequência da dedicação de Flávio Peregrino, empresário, pai de dois filhos (Letícia, de 22 anos, estudante do 4º ano de Medicina e Flavinho, de 8), membro ativo e atuante do Rotary Clube Mauá há 15 anos, da Maçonaria há 11 anos e do BNI Projeção Santo André 2 anos, nosso personagem de SUCESSO. 

Nascido na Vila Assis, Peregrino iniciou sua vida profissional ainda muito cedo, oficialmente aos 13 anos. Entretanto, desde os seis ele já acompanhava e ajudava sua mãe na oficina de costura que ela tinha no mesmo bairro. Já aos 10, ele começou a trabalhar como servente, ajudando os pedreiros de construções vizinhas a sua casa a carregar materiais para as obras, depois de voltar da escola. Foi aí que Flávio começou a ganhar os primeiros “trocados”. Peregrino também trabalhou em uma fábrica de linguiças. 

Porém, como já foi dito, o primeiro emprego oficial de Peregrino foi conseguido – com ajuda de sua irmã Gislaine - quando ele tinha 13 anos, como Office Boy na Imobiliária Atlas, em Mauá. A empreitada, no entanto, não durou muito, como ele explica de forma bem-humorada. 

“Comecei a trabalhar de Office Boy na Imobiliária Atlas. E naquela época, tínhamos que entregar cartas de cobranças. Aí chegávamos aos bairros e os caras (que seriam cobrados) saiam correndo atrás da gente para não receber as cartas”, diverte-se, ao recordar os primeiros dias de trabalho. “Aí falei pra minha irmã que não ia mais trabalhar com aquilo”. Entretanto, foi essa experiência que o colocou em contato com o mundo da contabilidade, de forma inusitada também. “Fiquei mais ou menos um mês e meio trabalhando lá e sai. Mas nesse prédio onde estava a imobiliária, tinha o escritório de contabilidade Fidélis, que era de propriedade da Sra. Maria das Graças. Eu arrumei um emprego para meu vizinho Marcelo lá. Mas ele acabou pegando uma hepatite e fui avisar a Maria. Avisei que ele iria ficar afastado por mais de um ano e acabei virando o Office Boy de lá”, conta. 

Era abril de 1988 e apenas 15 dias depois de começar a trabalhar no escritório, Peregrino foi registrado ganhando meio salário mínimo. Desde então, ele nunca mais saiu da área que viu como vocação desde o início. 

Como o escritório era pequeno, além das atribuições de Office Boy, ele também passou a auxiliar seus colegas em diversas funções, ganhando assim uma experiência que seria importantíssima no futuro. Tanto é que, aos 18 anos, Flávio já era encarregado geral no escritório, enquanto aperfeiçoava seus conhecimentos por meio de cursos. 

Nessa época, uma nova oportunidade surgiu para Flávio. Por meio de seu amigo Fabricio, ele conseguiu uma carta de apresentação do Sr. Vagner para ingressar em uma metalúrgica em Rio Grande da Serra, a Poloni. Após fazer e passar em todos os testes, ele foi aprovado para a vaga, que lhe pagaria o dobro em relação ao que ganhava no escritório Fidélis. Com tudo acertado para mudar de emprego, Peregrino recebeu o apoio até mesmo de sua antiga chefe. Todavia, uma mudança de última hora lhe deu novos rumos. 

“Nesse período, a Poloni foi vendida. Isso cortou todas as admissões – e eu já tinha feito a rescisão – e mandou muitas pessoas embora. Pensei, ‘o que vou fazer?’”, lembrou. 

Sem emprego, Flávio acabou encontrando com Katia, uma antiga colega de trabalho, no centro de Mauá, para quem ele contou sobre a frustrada mudança de emprego. Nisso, ela sugeriu que ambos abrissem um escritório por conta própria ideia que não animou Peregrino logo de cara, uma vez que ele sequer tinha o CRC (registro no Conselho Regional de Contabilidade). Entretanto, após uma reunião com a colega e seu noivo, que possuía o registro, eles resolveram tocar a ideia adiante. 

Com a ajuda de outro amigo - que era Delegado do CRC na época - Divino Rodrigues Tristão, que emprestou duas mesas, seis cadeiras, duas máquinas de escrever e duas máquinas de calcular, eles montaram o escritório, localizado na Rua Rio Branco e tiveram como primeiros clientes o cunhado Evandro e as primas Meire e Dorcelina, o que foi fundamental para que eles pagassem o aluguel do espaço e pudessem dar andamento ao trabalho. 

Seis meses depois, a sociedade acabou sendo desfeita e Peregrino novamente contou com o auxilio de alguém, Madalena Argasuko, que emprestou o seu CRC e Flávio passou a atuar sozinho com o Escritório Contábil Ética. Trabalhando bastante para aumentar sua cartela de clientes e parceiros, Peregrino ainda se manteve por um tempo no escritório da Rua Rio Branco, antes de se mudar para uma nova sede na região central de Mauá. Uma profunda crise em todo o país em 1998, porém, fez com que Flávio deixasse o novo escritório e passasse a trabalhar em casa, na Vila Assis. Na época, ele trabalhava com mais uma funcionária. Pouco tempo depois, passado o susto com a crise, ele conseguiu alugar um salão no Jardim Anchieta, uma vez que já possuía bons contatos com empresas clientes. A guinada na carreira, no entanto, veio em 2004, quando ele conseguiu um contrato para atender a Padaria Ki-Pão, uma das mais tradicionais de Mauá. 

Foi a partir desse contrato que Flávio pôde mudar o escritório para a atual sede que ele ocupa e que também permitiu a expansão não apenas de atuação do Ética, mas a contratação de mais funcionários. Aliás, sobre seus funcionários, o empresário demonstra muito carinho e gratidão por tudo aquilo que eles fizeram e fazem para manter o escritório funcionando plenamente. Para ele, sem essa contribuição, o Escritório Ética não conseguiria ter atingido tamanha relevância. 

“Meus funcionários são meus braços, minhas pernas, meus pulmões e meu coração. Eles que fazem tudo. Se eu ficar um mês sem trabalhar no escritório, às vezes podem não entrar negócios grandes novos, mas pela competência deles, o dia a dia é tocado sem problema algum”, disse. 

Já para o futuro, Flávio já tem planos para uma nova expansão do Escritório Contábil Ética. Ainda neste ano, ele pretende – ao lado de parceiros – iniciar a construção de um prédio de 20 andares que se chamará Office Tower Peregrino’s, que será a nova sede do escritório, no bairro da Matriz, e também abrigará salas comerciais. Há ainda a possibilidade de haver um Heliponto no local, o que faria desse o primeiro prédio da cidade a ter esse serviço. 

“Agradeço a todos (as) os clientes que passaram e estão em nossa carteira pela troca de experiências nestes 25 anos. Agradeço também aos meus pais, irmãos, familiares, padrinhos (as) e amigos (as) que sempre fizeram de tudo pelo meu SUCESSO. Agradeço a Deus e Nossa Senhora Aparecida pelas conquistas e que continuem me abençoando”, encerra.