Para quem esperava que 2020 fosse de mais paz, amor, empatia e tolerância, os primeiros dias do ano já provaram que nada deverá mudar ao redor do mundo. Isso porque logo na primeira semana do ano, uma crise diplomática entre Estados Unidos e Irã explodiu. Autorizado pelo presidente americano Donald Trump, um ataque via drone matou o general iraniano Qassem Soleimani, líder de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país.

Segundo Trump, o ataque foi ordenado para que possíveis planos de ataques iranianos ao país não ocorressem. Além disso, o governo americano disse que Soleimani era responsável por mortes de americanos no Oriente Médio. Do outro lado, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, prometeu vingança pelo ato. Aliás, alguns ataques a bases americanas já foram realizados. E o clima no mundo todo, já nos primeiros dias de 2020, é de tensão, pois sabe-se lá qual efeito essa situação pode trazer. Alguns especialistas, inclusive, não descartam uma guerra entre os dois países.

O que fica marcado, porém, é a facilidade com que qualquer ponta de esperança que possamos ter de dias, semanas, meses e anos melhores evapora. Sempre aparece uma crise implacável que mata o resto de otimismo que nos resta de vermos um mundo mais pacífico, menos intolerante e menos desigual.

Deveríamos estar tentando dialogar mais, entender melhor o que o próximo tem a dizer, o que as pessoas que pensam de forma diferente da nossa podem nos ensinar. Contudo, o que ocorre é justamente o contrário. Alguns poderosos simplesmente acham que somente a sua opinião vale e com uma ou duas ordens, mudam para sempre a vida de muitas pessoas e o destino de nações e do mundo.

Infelizmente, as ideias de conseguirmos viver em um mundo melhor são cada vez mais próximas de uma utopia do que do mundo real.