Casos suspeitos de coronavírus no Rio Grande do Sul e no Paraná são descartados; investigação em Minas Gerais continua

Por Portal Opinião Pública 30/01/2020 - 09:09 hs
Foto: Renata Momoe / ASCOM-MS - Divulgação
Casos suspeitos de coronavírus no Rio Grande do Sul e no Paraná são descartados; investigação em Minas Gerais continua
Ministério da Saúde divulgou dados sobre o coronavírus durante coletiva de imprensa em Brasília

 

A prefeitura da cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e a Secretaria de Saúde do Paraná descartaram a possibilidade de que dois pacientes, um na cidade gaúcha e o outro em Curitiba, capital paranaense, estejam portando o coronavírus. Ambos estavam entre as três casos suspeitos investigadas pelo Ministério da Saúde da doença no Brasil. A outra notificação, vinda de Belo Horizonte (MG) ainda está sob investigação. E pelo menos mais nove casos estão sendo investigados.

Na tarde desta terça-feira (28), o Ministério da Saúde havia informado que o Brasil tinha apresentado dois novos casos suspeitos da doença, nas duas cidades do sul do país. Segundo o MS, os pacientes se enquadravam na atual definição de caso suspeito para nCoV-2019 (o novo coronavírus), estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ou seja, apresentaram febre e, pelo menos um sinal ou sintoma respiratório, e viajaram para área de transmissão local nos últimos 14 dias.

Nos últimos dias, a OMS aumentou o nível de alerta para alto em relação ao risco global do novo coronavírus. Desta maneira, o Ministério da Saúde passou a orientar aos brasileiros – como parte das novas diretrizes publicadas no boletim epidemiológico da pasta, atualizado nesta terça-feira (28), com informações para vigilância e assistência da rede pública de saúde - que somente realizem viagens para a China em casos de extrema necessidade. Com quase três mil casos confirmados, segundo o boletim da OMS de 27 de janeiro, todo o território chinês passa a ser considerado área de transmissão ativa da doença.

Durante uma coletiva de imprensa, realizada em Brasília, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou a orientação para que as pessoas tenham cautela em suas viagens. “Nós desaconselhamos e não proibimos as viagens para a China. Não se sabe, ainda, qual é a característica desse vírus que é novo; sabemos que ele tem alta letalidade. Não é recomendável que a pessoa se exponha a uma situação dessas e depois retorne ao Brasil e exponha mais pessoas. Recomendamos que, não sendo necessário, que não se faça viagens, até que o quadro todo esteja bem definido”, destacou o ministro, afirmando ainda que o Brasil tem condições de prestar assistência a população. De acordo com a pasta, o país possui capacidade para realizar teste genético para a confirmação do novo coronavírus.

“Temos um sistema de vigilância robusto, reconhecidamente robusto, que já passou por três momentos de muita intensidade: SARS, Influenza e zika. Em todas as ocasiões nosso sistema de saúde respondeu muito bem”, disse Mandetta, acrescentando. “Vamos aguardar o que a ciência vai trazer. Não adianta nos antecipar, a realidade da China é uma, mas temos que observar como esse vírus vai se comportar em outros países, em outras culturas, porque isso ainda não está claro”. 

Tratamento de caso suspeito 

Com os dois casos descartados no Rio Grande do Sul e Paraná, atualmente o Brasil lida com nove notificações de suspeita do novo coronavírus.