DEM confirma Dr. Tchello Pierro como pré-candidato à Prefeitura de Mauá

Por Portal Opinião Pública 05/03/2020 - 09:11 hs
Foto: Divulgação
DEM confirma Dr. Tchello Pierro como pré-candidato à Prefeitura de Mauá
Após avaliar a situação da cidade, Dr. Tchello Pierro decidiu aceitar convite do DEM

 

O DEM (Democratas) confirmou, nesta semana, que o médico hematologista Luiz Marcelo Pierro será o pré-candidato do partido à Prefeitura da cidade nas eleições de outubro. Após conversas entre as lideranças municipais da sigla e o profissional da saúde, ficou decidido que Tchello, como é popularmente conhecido em Mauá, representará a legenda na tentativa de promover uma reformulação no cenário político mauaense.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Opinião Pública, o médico de 39 anos falou sobre a vontade que os eleitores têm demonstrado em apoiar candidatos novos no pleito deste ano, e também contou como surgiu o convite para integrar a sigla, de que forma o DEM tem trabalhado para montar sua chapa de pré-candidatos à Câmara Municipal, quais as áreas que mais necessitam de mudanças na cidade, além de outros assuntos. Confira abaixo. 

Jornal Opinião Pública – Como se deram as conversas entre você e o partido para que se chegasse a decisão de que você seria o pré-candidato do DEM à Prefeitura de Mauá? 

Tchello Pierro – Primeiro nós avaliamos a situação de Mauá, se temos que sair candidato ou não. Boa parte da população reclama que o maior problema da cidade é a saúde e eu tenho formação em gestão. Estou acabando minha pós em gestão na FGV (Fundação Getúlio Vargas) e só falta concluir meu mestrado na área. Então pensamos que se o maior problema de Mauá é a saúde, você ter um médico formado em gestão ajudaria bastante. O primeiro ponto que vimos foi esse. E o segundo foi o partido. O DEM tem uma grande força por conta do vice-governador Rodrigo Garcia e eles não vão lançar candidatos aqui no ABC. Então, conseguiríamos uma estrutura, tendo um vice-governador atuante e em uma região onde o DEM não lançará candidatos. Avaliamos tudo isso e pensamos que era possível lançar um pré-candidato a prefeito e o partido que seria o ideal para isso era o DEM, que é um partido cheio de pessoas jovens, como o Kim Kataguiri, uma pessoa muito conhecida no meio político e entre os jovens. E isso, para nós, é importante, a nossa chapa terá muita gente jovem. O que pesou foi isso, a situação de Mauá e o poder que o DEM tem aqui no ABC. 

JOP – E como foram as conversas com as principais lideranças do partido na cidade? 

TP – O primeiro convite foi feito pelo vereador Manoel Lopes. Mostramos o nosso plano de governo para ele, porque não adianta apresentar um plano que não conseguíssemos aplicar e ele achou a ideia ótima. Agora, o fim das coligações incentiva o partido a ter um candidato majoritário. Então o vereador Manoel Lopes gostou de nossas ideias, reiterou que ele não está com a situação, que está com a população de Mauá, e estamos de acordo. A Angela (Donatiello Lopes), esposa dele está nos ajudando na parte da educação e passamos algumas ideias do que podemos fazer para melhorar. Esse alinhamento com o DEM aqui em Mauá está muito legal. 

JOP – Vocês também já têm conversado sobre a montagem da chapa de pré-candidatos a vereadores? 

TP – Focamos, exatamente, em pegar pré-candidatos de setores diferentes e principalmente pessoas jovens, que nunca estiveram na política. Fizemos isso porque a ideia de mudança está mais forte do que anteriormente, principalmente em Mauá, que moralmente passou por uma série de dificuldades. Tivemos muita atenção com isso para trazermos pessoas que realmente representem suas bandeiras, seja na saúde, no empreendedorismo... estamos formando a chapa desta maneira e uma ou duas vezes na semana nos reunimos. Pegamos nosso plano de governo e as ideias de todos e tentamos fazer uma junção. 

JOP – Mas a chapa de pré-candidatos que o DEM quer montar vai dar chance somente para pessoas novas ou as portas estão abertas para políticos que já tenham experiência, mas que queiram agregar com suas ideias? 

TP – A principio temos só o Manoel Lopes (como pré-candidato a vereador). Outras pessoas que também já foram vereadores ou candidatos vieram conversar conosco, e a condição para fecharmos essa chapa é que a pessoa traga boas ideias. Acho que não existe essa história de velho político ou de novo político. Acho que existe o bom político e o político ruim, independente da idade ou do tempo que ele tenha de mandato. Então, se outras pessoas que já tiveram mandato ou que já foram candidatos quiserem vir conosco e apresentarem boas ideias, estamos de portas abertas. 

JOP – Além da saúde, como você já citou, quais outras áreas você julga precisar de mudanças que tragam melhorias? 

TP – Educação é uma delas. Quando você vê os dados, mais de 90% das crianças estão na escola, mas isso às vezes não é o suficiente. Então, nossa ideia é ter um programa de alfabetização infantil, por exemplo, que tenha 100% das crianças até sete anos alfabetizadas. Mauá também tem um déficit de creches muito grande e a ideia é fazer parcerias com escolas privadas. Daríamos um voucher e essa criança iria para a escola ao invés da creche, o que seria bom para ambos, porque esse déficit não tem como ser resolvido de um dia para o outro.

Outra pauta é a segurança, que pesa em Mauá porque não existe o assalto, por exemplo, só contra o munícipe, mas também das UBSs, das UPAs... a segurança em Mauá não atrapalha só as pessoas, ela atrapalha também equipamentos públicos. Então, teremos um foco maior sobre isso.

E temos também o empreendedorismo, principalmente no Sertãozinho, na região da ACIBAM e da AEPIS. Mauá ainda é uma cidade dormitório, mas um dos maiores pólos industriais do Brasil está aqui. Isso não faz sentido. A ideia é trazer mais empresas, melhorar as condições de asfalto e saneamento básico lá, porque fazendo isso, conseguimos trazer mais empresas. Temos a ideia também de levar corridas de kart, como as que aconteciam antigamente na cidade, para lá, porque assim fazemos propaganda das empresas, asfaltamos ali e a população começa a conhecer aquela região, porque muitas pessoas não têm a noção do tamanho do polo industrial do Sertãozinho. 

JOP – Com relação ao seu plano de governo, existe alguma área que você já tem projetos bem encaminhados? 

TP – Vou dar um exemplo. Existem três grandes projetos para a saúde, que são o IML, o banco de sangue e a quimioterapia. Tudo isso eu não consigo resolver via município, então conversamos com o Estado. Vamos tentar fazer parcerias com o Estado para trazer essas melhorias para Mauá. As pessoas não podem ficar se deslocando para Santo André (para utilizar esses serviços), Mauá tem quase 500 mil habitantes. 

JOP – Como você tem avaliado o surgimento de tantos pré-candidatos e possíveis adversário na cidade e também essa busca do eleitorado por mudanças? 

TP – Eu acho que essa ideia de mudança que está fomentando o surgimento de tantos candidatos. Me sinto muito feliz porque a concorrência leva à qualidade. Quanto mais pessoas boas, melhor. Mas precisamos saber também o que a população quer, quais são os maiores problemas. Não vejo problema nenhum de tantos pré-candidatos aparecerem, mas na hora do voto, o que vai pesar é qual o melhor projeto e se ele é viável ou não. E é nisso que estamos nos embasando. Acredito que para ter sucesso em nossa campanha, precisamos pensar nas necessidades da população.