Uma mulher de 66 anos, chamada Marcia Victorino, morreu no domingo (17), em Mauá, vítima do coronavírus à espera de transferência para receber atendimento hospitalar em um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Ela estava internada desde a última quinta-feira (14) na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Barão de Mauá, no Jardim Maringá, em estado grave. Segundo informações, ela foi entubada com urgência e familiares aguardavam posicionamento há dois dias sobre vagas em equipamentos de retaguarda, como os hospitais Dr. Radamés Nardini e o Hospital de Campanha, montado no Paço Municipal, bem como o Hospital Vital, da rede privada, que tem parceria com a Prefeitura para ampliar oferta de atendimento. 

Como agravante, a mulher tinha pressão alta e depressão e já estava com um rim comprometido. A mulher não resistiu e veio a falecer por volta das 17h.

Em nota enviada ao Portal Opinião Pública, a Prefeitura de Mauá lamentou a morte da paciente e nega que os leitos de UTI estejam esgotados na cidade. Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura de Mauá lamenta a morte da paciente na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Barão de Mauá e presta todas as suas condolências aos familiares.

Informamos que a paciente já recebia atendimento em um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na UPA Barão de Mauá, entubada com respiradores, apresentando quadro agravado devido às comorbidades. 

Vale frisar que uma transferência de um equipamento ao Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini ou ao Hospital Estadual Mario Covas depende da sinalização do Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) e também depende das condições clínicas para que a vida do paciente não seja colocada em risco.

No entanto, a paciente já se encontrava em leito de UTI da UPA Barão de Mauá, entubada com respirador, e dentro das condições clínicas, a mesma estrutura que foi ofertada no equipamento seria oferecida tanto no Hospital Nardini como no nosso Hospital Municipal de Campanha, o Cecco (Centro Especializado de Combate ao Coronavírus).

Sobre os leitos exclusivos a pacientes com a Covid-19, a taxa de ocupação na cidade é de 78%. Este dado equivocado de 100% de ocupação divulgado pelo SPTV foi um erro de comunicação entre o Consórcio Intermunicipal Grande ABC com a emissora de televisão, já que a entidade regional não tinha os dados atualizados sobre os novos números de leito de Mauá. 

Temos ainda, por meio de parceria público-privada, 29 leitos no Hospital Vital, sendo cinco UTIs e 24 semi-intensivos, além do Cecco, com cinco UTIs e 25 semi-intensivos. A taxa de ocupação do Hospital de Campanha ainda não chegou a 20%.

Até a última sexta-feira (15), a Prefeitura de Mauá confirmou 38 mortes por Covid-19 na cidade e 250 casos confirmados, já no último balanço divulgado pelo governo de São Paulo, são 577 confirmações no município.