Professor Betinho é impedido de constatar mau funcionamento do hospital de campanha

Por Portal Opinião Pública 21/05/2020 - 09:58 hs
Foto: Divulgação

 

População denuncia irregularidades no funcionamento e prefeitura impede a visita e a fiscalização às dependências do hospital 

Diante das denúncias de mau funcionamento e da falta de leitos feitas pela população, o vereador Professor Betinho esteve no Hospital de Campanha nesta semana para averiguar a veracidade das denúncias, contudo, apesar de ostentar condição de vereador, detentor da função fundamental de fiscalização, foi impedido de visitar as dependências do hospital.

O vereador afirmou que “por orientação de prefeito, funcionários do seu gabinete o receberam, mas impediram a fiscalização dentro do hospital de campanha, pelo qual a população pagou caríssimo. A assessoria do Atila veio correndo do prédio da prefeitura pra barrar a minha entrada nos locais onde ficam os equipamentos prioritários pra atender os doentes. E são esses equipamentos que o prefeito parece querer esconder. Eles existem de fato? Estão realmente sendo utilizados? Quantos respiradores estão disponíveis? Estão sendo feitos os 400 testes por hora que foram anunciados que seriam feitos na população? Se estão sendo feitos, os resultados saem na velocidade informada na propaganda? São respostas que não tive”.

Dias atrás, ao tentar justificar o motivo pelo qual o hospital de campanha de Mauá custou muito mais caro que o das outras cidades, embora tenha menos leitos, o prefeito disse que o nosso hospital de campanha teria 30 leitos entre semi-intensivos e intensivos, que aqui teríamos um laboratório próprio com capacidade para realização de 400 exames/hora, que nosso hospital teria portas abertas e que a farmácia estava munida com todos os medicamentos necessários ao combate do coronavírus, inclusive a cloroquina e a hidroxicloroquina e que os pacientes sairiam de lá com os medicamentos em mãos.

Ocorre que, segundo as denúncias da população, não é isso que vem ocorrendo, pois não estariam sendo fornecidos os medicamentos, não estão sendo feitos os testes prometidos, etc.

“Ao impedir que um vereador averigue se as denúncias são procedentes ou não, a prefeitura acaba por reforçar a desconfiança da população diante da falta de transparência na obra do hospital de campanha, o que é lamentável. Isso é lamentável”, afirmou o vereador.