Prefeito Atila Jacomussi é alvo de investigação do Gaeco e do MP que investiga irregularidades na contratação de Hospital de Campanha de Mauá

Por Portal Opinião Pública 15/06/2020 - 09:28 hs
Foto: Jornal Opinião Pública

 

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em conjunto com a Polícia Civil e o Ministério Público deflagraram uma operação que apura supostas irregularidades na contratação de empresa para a construção e administração do Hospital de Campanha de Mauá. O equipamento de saúde atende pacientes com Covid-19 e é administrado por uma OS (Organização Social).

De acordo com informações, policiais e promotores cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do prefeito Atila Jacomussi (PSB), no gabinete na Prefeitura e na Secretaria de Saúde.

No apartamento de Atila foram apreendidos celulares, notebook e documentos. O secretário de Saúde de Mauá, Luís Carlos Casarin, também é alvo da investigação que apura as irregularidades.

Segundo as informações, a contratação emergencial da empresa OS Atlantic Transparência e Apoio à Saúde Pública para a administração e construção do hospital de campanha é o principal alvo das investigações do MP e do Gaeco. O valor do contrato por 90 dias é de cerca de R$ 3,3 milhões.

Também há mandados de busca e apreensão em Jundiaí, Caieiras e em São Paulo. São investigados crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, entre outros.

Em nota enviada ao Portal Opinião Pública, a Prefeitura de Mauá se pronunciou sobre o caso. 

"Recebemos com indignação a notícia da ação do Ministério Público na Prefeitura de Mauá. O processo, que deu origem a mesma, foi remetido ao MP em sua integralidade, todas as informações foram esclarecidas e há conversas diárias por vídeoconferência com os promotores. Entendemos como excessiva e desnecessária a iniciativa do Ministério Público. Estamos tranquilos em relação ao desenrolar dos fatos e certos de que demonstraremos, nos autos, a lisura de todo o processo. Salientamos que Mauá está na vanguarda do combate ao Coronavírus, notoriamente com ações eficientes e reconhecidas pela população e pela imprensa".

O advogado Daniel Bialski, que defende o prefeito Atila Jacomussi, esclareceu que essa medida, pelas primeiras informações que recebeu, teria como base uma denúncia anônima e “Infelizmente, o prefeito vem sendo perseguido e nada obstante a lisura com que atua à frente da prefeitura, em especial nessa época, procede-se uma verdadeira caça às bruxas, mesmo sem investigação prévia ou algo palpável para legitimar essa ação. Todas as contratações observaram critérios técnicos e preço, tanto que o hospital de Mauá é uma referência no Brasil, atendendo  24 horas por dia. O prefeito informou que o preço por leito é um dos menores, senão o menor construído e a cidade teve número reduzido de óbitos. As compras e atos estão no portal da transparência e o prefeito prestou esclarecimentos e enviou todos documentos sempre que lhe foi solicitado. A empresa que acabou contratada prestou o serviço com excelência e não há qualquer indício de irregularidade ou ilicitude. A defesa irá pedir vista dos autos e estudar as medidas que serão tomadas para elidir essa busca, que considera desnecessária e até excessiva", afirmou.