Enquanto os debates e discussões sobre o racismo aumentam no Brasil e no mundo, alguns indivíduos parecem fazer de tudo para se descolar da realidade. Um desses casos é o do “príncipe imperial” Dom Bertrand de Orleans e Bragança, que em videoconferência à Fundação Alexandre de Gusmão – entidade ligada ao Ministério das Relações Exteriores –, durante o seminário “O Brasil na conjuntura internacional do pós-coronavírus”, afirmou que não existe racismo no Brasil. A fala foi retratada em reportagem do jornal Correio Braziliense.
Primeiro, vamos corrigir o termo “príncipe”. Dom Bertrand não é príncipe porque o Brasil não vive sob um regime de monarquia desde 1889, quando foi proclamada a República. Logo, ele é somente um descendente da família Real. E segundo, falemos da declaração absurda de que não existe racismo no Brasil.
Só quem vive em uma realidade paralela não enxerga que o racismo existe sim em nosso país. Aliás, esse é um problema mundial, como temos visto nas últimas semanas, com os seguidos protestos contra a violência que os negros sofrem.
Em uma das frases pinçadas pelo jornal, Dom Bertrand diz que “enquanto certos países têm um problema racial muito violento, aqui nós não temos”. Já em outro trecho, ele afirma que “estão tentando criar esse problema racial, mas não conseguem. Aqui, todos nos damos bem. Aqui no Brasil, todos nós vivemos bem”. Essas duas frases mostram que o descendente da família Real ou vive em uma bolha ou não entende o que o racismo realmente significa.
Não é o fato de o Brasil possuir um povo bastante miscigenado que atesta a não existência do racismo. Essa é apenas uma característica da formação de nossa sociedade, composta pelos indígenas que já viviam aqui, pelos brancos que colonizaram essa terra e pelos negros trazidos da África como escravos.
O racismo vai muito além disso e se faz presente em nossa sociedade todo santo dia. O negro é subestimado e subvalorizado, não recebendo oportunidades de forma igualitária aos brancos. O negro é prejulgado, especialmente em comunidades carentes, sendo muitas vezes visto como bandido. Estão aí as mortes de pessoas negras inocentes que não me deixam mentir. O negro muitas vezes é mal visto, principalmente em ambientes onde ele é minoria. Enfim, o negro sofre um preconceito recorrente.
Esse é o racismo que presenciamos diariamente e que não apenas existe como está cada vez mais presente em nosso cotidiano, cada vez mais aberto aos olhos de todos. Pena que algumas pessoas ainda teimam em fechar os olhos para não enxergar o óbvio.
Cadastre seu email e receba nossos informativos e promoções de nossos parceiros.
Grêmio Mauaense estreia com vitória no Campeonato Paulista da Segunda Divisão
Mauá FC estreia com empate fora de casa no Campeonato Paulista da Segunda Divisão
Centro Público de Trabalho e Renda de Mauá registra 205 vagas de emprego
“Qualifica Mauá” tem 94 vagas para cursos profissionalizantes gratuitos nesta semana
Professor Fernando da Informática - Desafios da inteligência artificial no âmbito social e profissional
Daniel Alcarria - Nossa Mauá ontem e hoje
Editorial Revista SUCESSO - Editorial Revista SUCESSO - Edição 109
Dra. Paula Franco Freire Biason - Médica Veterinária - Ansiedade canina
Dra. Carolina Tavares de Sá - O advento da tecnologia e a utilização das ferramentas de inteligência artificial pelo Poder J...