Segundo Edson Bananeiro, apenas o surgimento de nomes diferentes não é garantia de boa atuação.

O papel do vereador não pode se resumir ao clientelismo de prestar favores aos eleitores: um emprego, uma vaga para atendimento no serviço público de saúde, etc. O papel do vereador é, principalmente, fiscalizar a prefeitura, acompanhar a execução de ações que realmente melhorem a vida do cidadão.

Na prática, isso pode ser traduzido em ações como a convocação de secretários municipais para prestar contas na Câmara ou a solicitação, por escrito, de informações. O vereador atuante tem, sim, campo para se manifestar e intervir no funcionamento do poder público municipal. Basta que ele dialogue com a sociedade e monitore o Executivo.  Mas tem que ter altivez e ser independente.

Edson Bananeiro diz que sempre ouve vereadores reclamando que não podem propor projetos que aumentem despesas da Prefeitura.

“Essa é a justificativa mais comum para a avalanche de propostas de trocar nomes de ruas e praças. E ir a tribuna denunciar alguma coisa não é relevante?”, questionou.

Em sua opinião, o que ocorre é que nem todos têm isenção para propor soluções e para cobrar ações do poder executivo. “Por isso é preciso pensar bem para escolher os representantes”, concluiu.