O brasileiro recebeu mais uma triste notícia nesta quarta-feira (30). Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de desemprego em todo o país chegou a 13,8% da população no trimestre entre maio e julho. Resultado que é um recorde negativo, desde o início destas medições realizadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), em 2012.

Em números absolutos, o levantamento também mostrou outros dois pontos preocupantes: o primeiro é o número de brasileiros sem emprego, que subiu para 13,13 milhões de pessoas. E o segundo é o fechamento de 7,2 milhões de postos de trabalho nos últimos três meses.

O desemprego no país tornou-se um problema crônico e que não vem de hoje. Já são anos em que são registrados dados mostrando a evolução de um problema para o qual poucas soluções são encontradas. E com isso, sofrem os cidadãos que precisam apelar para a criatividade ou abrir mão de muitas coisas na hora de garantir seu sustento.

Além disso, neste ano ainda temos uma situação atípica causada pela pandemia do novo coronavírus, que tem ajudado a explicar o fechamento de postos de trabalho por toda a nação. O reflexo disso já está sendo sentido e continuará sendo, talvez, pelos próximos anos, o que só piora as perspectivas de todos. Assim, fica difícil ter esperança.

Obviamente, é necessário que sejam criados mecanismos que incentivem a criação de novos postos de trabalho no Brasil, bem como é preciso auxiliar os trabalhadores em suas capacitações, tanto aqueles mais velhos, que precisam de um emprego para sustentar suas famílias, como os jovens, que estão em busca das primeiras oportunidades no mercado de trabalho. E que isso seja feito com urgência, porque mais de 13 milhões de brasileiros não podem esperar.