A Câmara de Mauá terá uma grande renovação para o próximo quadriênio. Isso porque apenas sete dos 23 vereadores em atual mandato na cidade conseguiram a reeleição na eleição deste domingo (15), sendo que 19 deles concorreram no pleito.

Entre os reeleitos, o mais votado foi o vereador Admir Jacomussi (Patriota) – pai do atual prefeito e candidato a reeleição Atila Jacomussi (PSB) - que recebeu 4.148 votos e chegará ao seu décimo mandato na cidade. Na sequência vieram o atual presidente da Casa de Leis mauaense, Vanderley Cavalcante da Silva, o Neycar (Solidariedade) com 3.771 votos; Ricardo Manoel de Almeida, o Ricardinho da Enfermagem (PSB) com 3.183; Samuel Ferreira dos Santos, o Samuel Enfermeiro (PSB) com 2.960; Francisco Esmeraldo Felipe Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (Avante) com 2.466; Joelson Alves dos Santos, o Jotão (Solidariedade) com 1.769; e Ozelito José Benedito, o Irmão Ozelito (PSC) com 1.423.

Já em relação aos novatos, o protetor Alessandro Martins (PDT) foi o grande destaque do pleito municipal. Eleito para seu primeiro mandato, o pedetista foi o mais votado no município, com 4.548 votos. Em seguida vieram Márcio Araújo (PSD) com 3.356; Pastor Valdeci Santos (Republicanos) com 3.011; Zé Carlos Nova Era (PL) com 2.750; Sargento Simões (Podemos) com 2.733; Renan Pessoa (Avante) com 2.703; Vaguinho do Zaíra (PSD) com 2.682; Madeira (Patriota) com 2.522; Leonardo Alves (PSDB) com 1.973; Wellington da Saúde (PP) com 1.757; Geovane Corrêa (PT) com 1.602; Jairo Michelângelo (PTB) com 1.602; Wiverson Santana (PL) com 1.585; Mazinho (Patriota) com 1.437; Junior Getulio (PT) com 1.102. Quem também retorna à Câmara de Mauá é Eugênio Rufino (PSDB), escolhido por 1.689 eleitores.

Na composição partidária, o Patriota é o partido que mais elegeu vereadores na cidade (três). O Avante, o PL, o PSB, o PSD, o PSDB, o PT e o SD elegeram dois parlamentares cada. Já o PDT, o Podemos, o PP, o PSC, o PTB e o Republicanos terão um representante. 

Mulheres continuam fora 

Apesar da renovação de mais de dois terços das cadeiras no Legislativo mauaense, o pleito de 2020 foi o segundo consecutivo onde nenhuma mulher foi eleita diretamente.

A candidata mais votada na cidade foi Gabriela Torres (UP), que obteve 1.583 sufrágios, ficando em 27º lugar na lista geral e conseguindo mais votos do que três parlamentares eleitos. Entretanto, ela não conseguiu a vaga devido ao quociente eleitoral – utilizado para determinar quem é eleito em eleições proporcionais (para vereadores e deputados).

A última vereadora eleita em Mauá foi a dentista Sandra Regina Vieira, a Dra. Sandra, nas eleições de 2012. 

Eleições majoritárias 

Na corrida pelo Paço Municipal, o destaque ficou pela disputa da segunda vaga no segundo turno, vencida por apenas 655 votos pelo vereador Marcelo Oliveira (PT). O parlamentar obteve 38.330 sufrágios contra 37.675 do terceiro colocado, o juiz João Veríssimo (PSD) qualificando-se assim para defrontar o atual prefeito Atila Jacomussi (PSB) no dia 29 de novembro. O socialista recebeu 70.490 votos no primeiro turno, o que representa 36,48% dos votos válidos, enquanto o petista foi o predileto de 19,84% dos eleitores.

A quarta posição ficou com o empresário Zé Lourencini (PSDB), que terminou o pleito com 9,38% (18.134 votos). O tucano foi seguido de Mauro Roman (PRTB) com 3,84% (7.425 votos); Donisete Braga (PDT) com 2,68% (5.174 votos); Amanda Bispo (UP) com 2,04% (3.950); Ronaldo Pedrosa (PP) com 2,02% (3.898 votos); Vanessa Damo (MDB) com 1,53% (2.948 votos); André Sapanos (PSOL) com 1,26% (2.426 votos); Professor Betinho (PSL) com 1,03% (1.991 votos) e Dra. Roseni (PMN) com 0,41% (793 votos).

Já a taxa de abstenção foi considerada muito alta na cidade. Foram 72.020 eleitores que não compareceram as urnas (23,50%), além de 14.093 (6,01%) votos brancos e 27.171 (11,59%) votos nulos.