Urticária

Por Luiz Marcelo Pierro 07/05/2018 - 09:55 hs

A urticária é uma irritação da pele que apresenta lesões avermelhadas e um pouco inchadas que coçam bastante. Elas podem ser pequenas ou grandes, podem surgir em qualquer lugar do corpo - às vezes se juntando em grandes áreas, podem aparecer em qualquer período do dia ou noite e em alguns casos chegam a durar várias horas, dias ou meses. Mesmo podendo aparecer em pessoas de qualquer idade, a urticária geralmente acomete indivíduos entre 20 e 40 anos e, segundo estudos, uma em cada cinco pessoas terão pelo menos um episódio de urticária na vida.

A urticária pode ser aguda, isso é, aparecendo e desaparecendo em até 6 semanas. Já a fase crônica pode durar por um período maior. Ela pode ser causada por alergia, drogas como alguns medicamentos para hipertensão, alimentos (frutos do mar, leite, ovos), infecções, estímulos físicos como calor, frio e água.

A inalação, consumo ou o simples toque a substâncias químicas que podem estar no ambiente, alimentos, insetos, plantas ou outras fontes também podem iniciar o problema. Contudo, isso varia de pessoa para pessoa. Alguns alimentos como o morango, também podem causar urticária caso sejam ingeridos em grande quantidade, bem como medicamentos, particularmente os antibióticos.

Em determinados casos, a urticária pode ser provocada pelo próprio sistema imune da pessoa, quando ela para de funcionar corretamente. O sintoma mais comum é a coceira e alguns casos sensação de queimação. Essa coceira costuma ser intensa e atrapalha a vida do paciente inclusive, durante o sono. Inchaço local e períodos de edema em pálpebra, lábio, língua e garganta podem ser vistos e essas lesões chegam a durar até 24 horas. Tal inchaço é chamado angioedema.

A urticária também pode ter complicações e uma delas é chamada anafilaxia, na qual a reação envolve todo o corpo, causando náusea, vômito, queda da pressão e uma piora do edema, principalmente na glote (garganta), sintoma que pode causar dificuldade respiratória. Neste caso, o atendimento médico de emergência deverá ser feito em local apropriado.

Para o diagnóstico de urticária, são necessários uma boa história clínica e exames de sangue, fezes e urina. A biópsia pode ser realizada em casos de difícil controle ou para diferenciar de outras doenças de pele.

Mesmo que a causa não seja conhecida, a urticária pode ser controlada em mais da metade dos casos. A melhor forma de evitá-la é a pessoa se afastar, quando possível, daquilo que lhe provoque alergia. Com isso é necessário descobrir quais são os gatilhos que precipitam o problema. Também é importante evitar, nesses casos, ficar exposto ao calor intenso, bebidas alcoólicas e estresse, pois são fatores que pioram a irritação.

A dieta alimentar (sem corantes, conservantes, embutidos) costuma ajudar a melhorar o problema mais rapidamente. Já na avaliação médica, é necessário observar os sintomas e o histórico do paciente. O exame físico também é importante para o médico conseguir diferenciar os tipos de urticária.

Sempre procure um médico caso haja dúvida e antes de tomar qualquer medicação.