Mauá e Grande ABC avançam à fase amarela do Plano São Paulo e poderão autorizar reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza a partir de segunda-feira

Por Portal Opinião Pública 02/07/2020 - 09:27 hs
Foto: Jornal Opinião Pública
Mauá e Grande ABC avançam à fase amarela do Plano São Paulo e poderão autorizar reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza a partir de segunda-feira
Com avanço à fase amarela, bares, restaurantes e salões de beleza de Mauá voltam a funcionar

 

Mauá poderá autorizar a reabertura de estabelecimentos comerciais como bares, restaurantes e salões de beleza a partir da próxima segunda-feira (6), conforme recomendação do Centro de Contingência para o Coronavírus do Estado de São Paulo. A cidade, assim como os outros seis municípios que compõem a região do Grande ABC, a capital paulista e outras sete cidades da região metropolitana, avançaram à fase amarela do Plano São Paulo, que permite maior flexibilização na retomada das atividades econômicas. O anúncio foi feito na última semana pelo governador João Doria (PSDB), durante coletiva de imprensa.

Com a novidade, estabelecimentos como bares, restaurantes e salões de beleza e barbearias poderão voltar a funcionar, desde que algumas recomendações sejam obedecidas. Bares e restaurantes, que são locais onde há consumo no local, só poderão funcionar com lotação máxima de 40% da capacidade do estabelecimento e por no máximo 6h por dia. Além disso, a área que receberá os clientes deverá ser arejada e o horário de funcionamento não poderá se estender além das 17h ou seguindo o regramento do estabelecimento. Já os salões de beleza e barbearias também deverão funcionar com no máximo 40% de sua capacidade e por 6h diárias.

Além da reabertura gradual de bares, restaurantes e salões de beleza, o avanço à fase amarela também permite que os shoppings centers, os comércios de rua e os serviços aos consumidores destas cidades ganhem mais duas horas de funcionamento, indo de 4h para 6h diárias. No caso dos shoppings, contudo, as praças de alimentação deverão seguir fechadas. A mudança, porém, só deverá ocorrer após o dia 6 de julho. 

Grande parte do Estado retrocede 

Apesar da capital e do Grande ABC avançarem à fase amarela do Plano São Paulo, boa parte do Estado de São Paulo regrediu à fase vermelha, a mais restritiva de todas, onde só serviços essenciais têm o funcionamento liberado, ou permaneceu na fase laranja.

Atualmente, as regiões que estão na fase vermelha são Araçatuba, Rio Preto, Sorocaba, Bauru e Franca – que foram rebaixadas -, além de Marília, Ribeirão Preto, Presidente Prudente e Registro, que permaneceram na mesma faixa. Já as regiões de Barretos, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, Araraquara, Campinas, Taubaté e parte da Grande São Paulo seguem na faixa laranja.

Além disso, o governo de São Paulo prorrogou a quarentena no estado até o dia 14 de julho. 

Prefeitos comemoram avanço 

A reclassificação do Grande ABC no Plano São Paulo foi celebrada pelos prefeitos das sete cidades da região. Em assembleia extraordinária do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, realizada por meio de videoconferência, os chefes dos Executivos de Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra discutiram o avanço e o planejamento para a retomada gradual das atividades.

Segundo o Consórcio ABC, os prefeitos acreditam que a melhora nos índices da região se dá graças ao trabalho conjunto realizado pelas sete prefeituras para ampliar o número de leitos reservados ao novo coronavírus (Covid-19) e de testes, assim como a compra de aproximadamente 14 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de limpeza para as equipes de saúde dos municípios.

Apesar do avanço, contudo, os governantes municipais entendem que é necessário manter a cautela e acompanhar os números nos próximos dias para não haver nenhum retrocesso, assim como reiteraram a importância de a população continuar colaborando com o isolamento social e protocolos sanitários.

Além disso, os prefeitos reafirmaram que o entendimento das sete prefeituras é de que a região deve seguir as mesmas diretrizes da cidade de São Paulo, devido à proximidade da região com a metrópole. Desta forma, assim como a capital, os sete municípios iniciarão estudos de protocolos para novas flexibilizações e farão uma avaliação até esta sexta-feira (3).

O presidente do Consórcio ABC e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão, ressaltou que o trabalho conjunto tem sido fundamental para o enfrentamento da pandemia na região, assim como a colaboração da população ao seguir as medidas para evitar o contágio e a propagação do coronavírus.

“Estamos muito felizes com o avanço da nossa região, que passou da fase laranja para a amarela do Plano São Paulo, fruto do trabalho árduo dos sete prefeitos ao longo da pandemia. Seguiremos a capital no planejamento da reabertura de serviços e queremos contar com o apoio da população para cumprir o isolamento social, saindo de casa somente quando for necessário, e seguir as medidas de higiene e o uso correto de máscaras”, afirmou Maranhão. 

Não uso de máscaras pode gerar multas 

No começo da última semana, o governador João Doria também anunciou que os cidadãos flagrados sem máscara em espaços públicos e os estabelecimentos comerciais que permitirem a entrada de clientes sem o uso de proteção facial poderão ser multados. A determinação entrou em vigor nesta quarta-feira (1º) em todo o Estado.

De acordo com o governador, o valor das multas que serão aplicadas em pessoas físicas flagradas será de R$ 500. Já os estabelecimentos que desobedecerem as normas e permitirem a entrada de clientes sem a proteção terão de desembolsar R$ 5 mil, por pessoa flagrada.

Ainda segundo o governador, os valores oriundos das multas serão repassados, integralmente, para o programa “Alimento Solidário”, de compra e distribuição de cestas básicas para pessoas em situação de pobreza.

Dados mostram que 93% da população do Estado têm utilizado máscaras, de acordo com Doria. O governador ainda informou que, para fiscalizar o uso da proteção nas ruas, a gestão estadual terá 5,5 mil agentes da Vigilância Sanitária Estadual e das Vigilâncias Municipais e poderá contar com o apoio da Polícia Militar (PM) e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para a ação.