Segunda onda de Covid-19 na Europa leva países a tomarem mais medidas restritivas

Por Portal Opinião Pública 05/11/2020 - 11:25 hs
Foto: Reprodução
Segunda onda de Covid-19 na Europa leva países a tomarem mais medidas restritivas
Painel da Universidade Johns Hopkins que contabiliza casos de Covid-19 ao redor do mundo

O receio pelo crescimento de uma nova onda de casos de Covid-19 na Europa tem feito com que diversos líderes voltem a adotar medidas restritivas para minimizar as chances de contágio. Nesta quarta-feira (4) o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, informou que as regiões da Lombardia – onde está localizada a cidade de Milão, de Piemonte – região onde se encontra Turim, da Calábria e do Vale de Aosta passaram para a zona vermelha, que prevê maiores restrições. Na terça (3), Conte havia assinado um decreto estipulando um toque de recolher no país que irá das 22h às 5h em todo o país. A medida começa a valer a partir desta quinta (5).

Sexto país que mais registrou mortes no mundo e 12º em casos confirmados, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, a Itália viu um crescimento preocupante no número de contaminados. Somente no último sábado (31), 31.756 novos casos de contaminação por Covid-19 foram registrados no país, um novo recorde. Por outro lado, o número de mortes (353) se manteve abaixo do que foi registrado entre março e abril, período em que o país enfrentou o ápice dos contágios.

Ainda assim, o governo italiano decidiu adotar medidas restritivas mais intensas para tentar controlar o número de infectados. Desta forma, o país foi dividido em três zonas: vermelha, laranja e verde, sendo a vermelha a que possui medidas restritivas mais severas, como a autorização para que as pessoas só saiam de casa para trabalhar, levar as crianças à escola ou por motivos médicos. Além disso, todas as lojas nas regiões que se encontram na zona vermelha serão fechadas, exceto as de itens essenciais como alimentos, e não há autorização para a entrada ou saída destas regiões por pelo menos duas semanas.

Até o fechamento desta edição, a Itália tinha confirmado 790.377 casos de Covid-19 e registrado 39.764 mortes. 

Alemanha, França e Reino Unido também tomam medidas 

Na última semana, a Alemanha, a França e o Reino Unido já haviam informado que adotariam “lockdowns parciais” para conter o avanço do novo coronavírus.

Na segunda-feira (2), entrou em vigor a determinação do governo alemão para o fechamento de bares, restaurantes e outros estabelecimentos. No momento, somente comércios e escolas continuam abertos no país e encontros sociais que juntem pessoas de famílias diferentes estão limitados a, no máximo dez pessoas. De acordo com a chanceler Angela Merkel, o aumento no número de contágios fugiu ao controle no país.

Já na França, além do fechamento de bares, restaurantes e comércios, o presidente Emmanuel Macron anunciou que as pessoas que forem vistas circulando pelas ruas do país deverão apresentar justificativas. A expectativa, ainda segundo o presidente, é de que a medida dure pelo menos 15 dias e poderá ser abrandada caso os especialistas detectem uma melhora nos índices de contágio. De acordo com dados franceses, o número diário de novas infecções tem girado entre 40 e 50 mil.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson também explicou as medidas que seriam tomadas no sábado (31), data em que o país ultrapassou a marca de um milhão de casos registrados. Segundo ele, o “lockdown parcial” entra em vigor a partir desta quinta e deve durar até o dia 2 de dezembro. O premier britânico argumentou que o crescimento dos casos tem sido maior do que o pior cenário imaginado e que se nenhuma medida fosse tomada, o sistema de saúde do país poderia ser sobrecarregado e gerar mais de mil mortes diárias.