Conjuntivite: Primavera/Verão
A ocorrência de surtos de conjuntivite é mais comum na primavera e no verão, embora o segredo para não pegar conjuntivite seja bastante simples. E estamos entrando na primavera, período bem comum dessa patologia.
A transmissão da conjuntivite se dá por meio do contato direto com o doente ou, indiretamente, pelo contato com objetos contaminados pelo agente infeccioso. O caminho é bastante simples. A secreção decorrente do processo inflamatório nos olhos serve de veículo para transmissão do vírus.
A pessoa com conjuntivite coça os olhos e depois cumprimenta alguém com um aperto de mãos, ou mexe na maçaneta das portas, nos botões do elevador, no controle remoto, no teclado do computador, no corrimão das escadas, nos apoios dos ônibus ou do metrô, e deixa ali o micro-organismo que, dependendo do tipo, pode sobreviver por horas fora do corpo. Então, é só alguém tocar nessas superfícies e colocar a mão nos olhos para que a doença se espalhe.
Como se vê, as mãos são as grandes responsáveis pela transmissão da doença. Para evitar o contágio, o mais importante é lavar as mãos com água e sabão — qualquer sabão –, principalmente após tocar em locais públicos, recomendação que nem sempre é levada a sério.
Recomendações caso você esteja com conjuntivite
Se, apesar dos cuidados com a prevenção, a pessoa não conseguiu ver-se livre da conjuntivite, outras medidas simples podem diminuir o risco de complicações e evitar os surtos da doença. Nesses casos, além de lavar as mãos com frequência, é importante:
- Procurar assistência médica tão logo apareçam os sintomas e, sob
nenhum pretexto, recorrer à automedicação (a conjuntivite mal tratada pode reverter
em complicações graves para os olhos);
- Permanecer em casa, enquanto durarem os sinais da doença;
- Evitar ambientes fechados e aglomerações;
- Separar os objetos de uso diário como copos, talheres,
sabonetes, por exemplo;
- Usar toalhas e lenços de papel descartáveis para secar os olhos,
o rosto e as mãos;
- Lavar a roupa de cama e toalhas de banho com frequência;
- Trocar a fronha dos travesseiros todos os dias ou sempre que
tiverem entrado em contato com a secreção dos
olhos;
- Não compartilhar produtos de
maquiagem;
- Não utilizar lentes de contato enquanto houver sinais da infecção;
- Não esfregar os olhos, mesmo que estejam coçando bastante;
- Lavar as mãos antes e depois de utilizar colírios e/ou pomadas oftálmicas, prestando atenção para não encostar a ponta do aplicador nos olhos;
- Empregar apenas material descartável (algodão, gaze, etc.) para
limpar os olhos e fazer as compressas;
- Ficar longe das piscinas, represas e mesmo dos banhos de mar.
Embora existam formas diferentes da doença, a viral é a mais comum, a mais contagiosa e a responsável pelos surtos ocasionais da doença. Basta que uma pessoa da família, um colega de trabalho ou o aluno de uma classe seja infectado, para existir o risco de ocorrer um aumento repentino do número de casos com o mesmo quadro clínico em locais específicos, o que faz supor que todos os afetados tenham sido expostos à mesma fonte de infecção. Prevenir continua sendo o melhor remédio.
Segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia, surtos de conjuntivite (inflamação da conjuntiva, membrana fina e transparente que reveste o branco dos olhos e o lado de dentro das pálpebras) podem ocorrer em qualquer época do ano. No entanto, eles são comuns nos meses da primavera e do verão, porque o calor, a umidade e também o tempo muito seco favorecem a disseminação dos agentes infecciosos.
Entre as possíveis causas da doença estão as alergias e as infecções por vírus ou bactérias. Nestes últimos dois casos, é uma doença de fácil contágio, que pode estender-se por uma semana, 15 dias, e começar por um dos olhos para depois afetar o outro. Pegar conjuntivite não confere imunidade, ou seja, é preciso sempre manter os cuidados de prevenção.
Olhos vermelhos, irritados, que coçam, ardem e lacrimejam — parece
até que estão cheios de areia – são sintomas típicos da conjuntivite. Quando
aparecem, é preciso consultar um oftalmologista para orientar o tratamento, que
varia conforme a causa da doença. A conjuntivite bacteriana, por exemplo, exige
a indicação de colírios com antibióticos em sua fórmula. Já para o tratamento
da conjuntivite viral, não existem medicamentos específicos. Para atenuar os
sintomas, é importante limpar os olhos com frequência e fazer compressas com
água gelada, previamente filtrada e fervida, ou com soro fisiológico, que é
vendido nas farmácias ou distribuído gratuitamente nas Unidades Básicas de
Saúde (UBSs). Colírios lubrificantes, também chamados de lágrimas artificiais,
podem promover algum alívio.
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