Nesta semana, completa-se um ano das enchentes que devastaram diversas cidades no Rio Grande do Sul. E mesmo depois de tanto tempo e da gravidade de um desastre de tamanha proporção, o estado mais ao sul do país ainda não se recuperou totalmente do ocorrido e, tampouco, conseguiu desenvolver todas as obras de prevenção para garantir impactos menores em novos casos de eventos extremos, como atestam reportagens recentes.

Ainda que projetos complexos não saiam do papel da noite para o dia, agir com urgência para melhorar estruturas que não são capazes de comportar certas situações é mais do que necessário, é fundamental para garantir maior proteção aos cidadãos. Afinal, se um desastre deste porte aconteceu uma vez, ele pode ocorrer novamente. Todavia, se houver uma infraestrutura melhor, os impactos tenderão a ser muito menores.

Essa é, aliás, uma discussão que precisa se estender para outras localidades. Não faz muito tempo, mas estados como Bahia e Minas Gerais, e cidades como Petrópolis, no Rio de Janeiro, e São Sebastião, em São Paulo, passaram por situações semelhantes, com o crescimento no número de eventos climáticos extremos. E por isso a prevenção é tão importante, para evitar que histórias se repitam, principalmente onde elas já aconteceram.

As tragédias do Rio Grande do Sul e de tantos outros lugares mostram o quão importante é refletir sobre a execução das obras de prevenção para proteger a população dos eventos extremos, principalmente as que já foram afetadas por tais ocorrências. Contudo, é somente com a ação dos governos municipais, estaduais e federal, em uníssono, que será garantido um impacto menor à vida dos cidadãos, quando tais desastres acontecerem. Essa é a responsabilidade de todos.