Por Wladimir Camargo

Em Ribeirão Pires, por outro lado, o prefeito Clovis Volpi (PL) defendeu a “não abertura de academias” falando a uma proprietária de academia o seguinte: “Olha, eu entendo seu problema e o problema dos outros também. Acontece que eu tenho hospital de campanha com 41 leitos superlotados, eu tenho nove pessoas aguardando um leito, uma das quais está em estado gravíssimo, deve falecer, vai entrar em óbito, tenho 50 pessoas aguardando resultado de teste de covid, tem oito escolas que estão fechando porque os professores já estão com surto de covid, fechei três departamentos na prefeitura porque tem surto de covid e eu não tenho mais onde colocar os doentes, vocês têm que colaborar, nós estamos vivendo um sistema de caos, nós vamos entrar em lockdown na cidade na sexta-feira, nós estamos tentando evitar o lockdown na próxima sexta-feira, então hoje as pessoas vão acabar morrendo na porta da UPA, na porta do hospital e não há leito no ABC inteiro. Pensa um pouco nisso, o que vale mais, o cara fazer atividade física e pegar covid ou vale mais apenas fechar por um mês e nós resolvemos esse problema? Infelizmente, minha querida, é esse o problema. Nós vamos fechar os bares agora, não tem como ser diferente, não tem como ser feito, entenda isso por favor. A próxima (pessoa) a ficar doente pode ser alguém da sua família e eu não vou ter onde pôr, essa que é a verdade”. Fica a pergunta: Quem tem razão, Clovis Volpi ou os vereadores de Mauá e o governador de São Paulo?