Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Mauá acata parecer do TCE por rejeição das contas de Atila em 2017

Por Portal Opinião Pública 15/04/2021 - 09:23 hs
Foto: Jornal Opinião Pública
Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Mauá acata parecer do TCE por rejeição das contas de Atila em 2017
Plenário da Câmara de Mauá deverá votar pela aprovação ou rejeição das contas de Atila

A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de Mauá deu parecer favorável ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) quanto a rejeição das contas do ex-prefeito da cidade, Atila Jacomussi (PSB), referentes ao exercício de 2017, primeiro ano de seu mandato, por dois votos a um. Com a decisão, caberá ao plenário decidir se aprovará ou não as contas do socialista. A Casa terá até 180 dias para colocar a pauta em votação, a partir do momento em que o parecer for apresentado a sua presidência, o que deve acontecer nesta quinta-feira (15).

A reprovação das contas da gestão Atila em 2017 já havia sido apontada pelo TCE em novembro de 2019. Na oportunidade, o relator do processo, Samy Wurman, pontuou uma série de argumentos, como o “expressivo déficit de arrecadação de 32,31%” daquele período, o “resultado da execução orçamentária foi deficitário em 2,27%” e a “falta de eficiência na cobrança da dívida ativa” como alguns dos pontos que levaram a decisão.

Relator da matéria na Comissão de Finanças e Orçamento, o vereador Leonardo Alves (PSDB) foi um dos membros que votou de forma favorável ao parecer do TCE, destacando outros três tópicos que o levaram a essa resolução, e que também haviam sido apontados pelo Tribunal: o primeiro foi o desequilíbrio orçamentário/fiscal entre receita e despesa; o segundo foi a insuficiência do depósito ao pagamento dos precatórios; e o terceiro foi a não aplicação constitucional de 25% nos recursos na educação e sim 22,38% das receitas arrecadadas e transferidas à conta dos impostos.

Ainda segundo o parlamentar, a decisão foi coerente com o apontamento realizado pelo Tribunal de Contas. Alves confirmou ainda que o ex-prefeito terá garantido o direito a todos os trâmites legais de direito ao contraditório e ampla defesa. Além dele, compõem a Comissão de Finanças e Orçamento os vereadores Eugênio Rufino (PSDB), que segundo informações também foi a favor do parecer emitido pelo TCE, e Admir Jacomussi (Patriota), pai do ex-prefeito Atila e que teria sido o único voto contrário a rejeição das contas.

Caso o plenário do Legislativo mauaense acate o parecer do Tribunal de Contas do Estado, o ex-prefeito poderá ser condenado por improbidade administrativa e se tornar inelegível. Para reverter a decisão, o socialista necessitará que pelo menos dois terços da Casa, ou seja, 16 vereadores, aprove suas contas.