O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi convocado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados a prestar explicações sobre a existência de uma offshore em seu nome nas Ilhas Virgens Britânicas, conhecido paraíso fiscal, conforme revelou o projeto “Pandora Papers” através de documentos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. Já o Senado, por meio de sua Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), convidou o ministro e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a apresentarem informações sobre o mesmo tema.
A convocação de Guedes, aprovada pela Casa nesta terça-feira (5), foi proposta pelos deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Paulo Ramos (PDT-RJ) após reportagens da revista Piauí e do jornal El País, publicadas no último domingo (3), revelarem que tanto o ministro quanto o presidente do Banco Central tinham empresas em seus nomes em paraísos fiscais. Ainda de acordo com as reportagens, além de Guedes, sua esposa e sua filha fazem parte do quadro proprietário da offshore Dreadnoughts International, aberta em 2014 e que tem um aporte de US$ 9,5 milhões.
Apesar de ter sido aprovada, a data para a audiência de Guedes na Câmara Federal ainda não foi marcada. Entretanto, segundo informa a Agência Câmara de Notícias, por se tratar de uma convocação, o ministro será obrigado a comparecer à comissão, que tem como objetivo investigar se ele obteve algum tipo de benefício no período em que comanda a pasta.
No Senado, os requerimentos foram protocolados pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jean Paul Prates (PT-RN) e aprovados pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Originalmente, os documentos pediam a convocação apenas do ministro da Economia. Entretanto, depois de reunião da comissão, o pedido se transformou em um convite que também foi estendido a Campos Neto, o que não os obrigaria a participar da audiência. Ainda assim, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), garantiu que ambos se apresentarão à comissão no dia 19 de outubro.
Em nota, o Ministério da Economia afirmou que Guedes tinha participação na empresa offshore, mas que ela teria sido declarada a Receita Federal. Já Campos Neto também confirma que declarou as offshores, mas relata que não realizou nenhum tipo de movimentação nas empresas desde que assumiu a presidência do Banco Central.
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