Durante todo o mês de novembro, focamos em discussões sobre preconceito
racial e a consciência para construção de um novo caminho. Nesta semana,
durante o meu programa na EcoTV, abordamos este tema com meu convidado, Anderson
Bernardes, e não poderia deixar de compartilhar alguns pensamentos com vocês
aqui nesse breve artigo. Vivemos em um mundo repleto de preconceitos e antes de
discorrer mais sobre o tema, precisamos definir bem o que são estes
pré-conceitos. É comum que nossa sociedade crie padrões construídos em cima de
alicerces que, infelizmente, são falhos e com isso o tão falado preconceito
surge.
Neste mês em especifico, abordar o preconceito racial torna-se ainda
mais importante. Chamado de mês da consciência negra, em essência, esse período
mostra a percepção por parte da pessoa negra, de sua necessidade em reunir
forças junto aos seus irmãos em torno da causa de sua atuação – a negritude de
sua pele – e de agir como um grupo, a fim de se libertarem das correntes da
servidão, que manchou nossa história e, infelizmente, continua manchando em
vários aspectos.
A celebração carrega consigo não apenas a memória e homenagem a Zumbi,
líder de Palmares, mas carrega, sobretudo, um longo e importante processo
de organização e luta da população negra brasileira que pôs em movimento com
avanços e recuos, mas sem perder de vista a importância do fim do racismo.
Como líder político e ciente da minha responsabilidade, sempre procurei
abrir diálogo, fortalecer os movimentos e, acima de tudo, lutar contra toda e
qualquer discriminação. Para melhor compreensão, é importante ressaltar que o
fim oficial da escravidão em 1888 é um fato recente, ainda existem inúmeras
heranças - ruins - deste período. Caminhando pela periferia de toda Grande São
Paulo, podemos encontrar a população negra ainda sem acesso ao Ensino Superior,
à saúde de qualidade, moradia e tantos outros direitos básicos para existência
de qualquer cidadão.
Despossuídos politicamente, socialmente e economicamente de qualquer
direito, os libertos, ex-escravizados e seus descendentes instituíram
movimentos de mobilização racial negra no Brasil, que até hoje travam batalhas
para que assim a tão chamada CONSCIÊNCIA seja despertada e enfim
a sonhada igualdade chegue.
É tempo de despertar, arregaçar as mangas e juntos, numa só voz, lutar
por um país com mais coragem de enfrentar seus pré-conceitos e assim garantir,
pessoa a pessoa, o despertar para um novo tempo que podemos construir.
Junior Orosco é empresário,
político e colunista
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