Consciência para seguir em frente!

Por Portal Opinião Pública 25/11/2021 - 10:54 hs

Durante todo o mês de novembro, focamos em discussões sobre preconceito racial e a consciência para construção de um novo caminho. Nesta semana, durante o meu programa na EcoTV, abordamos este tema com meu convidado, Anderson Bernardes, e não poderia deixar de compartilhar alguns pensamentos com vocês aqui nesse breve artigo. Vivemos em um mundo repleto de preconceitos e antes de discorrer mais sobre o tema, precisamos definir bem o que são estes pré-conceitos. É comum que nossa sociedade crie padrões construídos em cima de alicerces que, infelizmente, são falhos e com isso o tão falado preconceito surge.

Neste mês em especifico, abordar o preconceito racial torna-se ainda mais importante. Chamado de mês da consciência negra, em essência, esse período mostra a percepção por parte da pessoa negra, de sua necessidade em reunir forças junto aos seus irmãos em torno da causa de sua atuação – a negritude de sua pele – e de agir como um grupo, a fim de se libertarem das correntes da servidão, que manchou nossa história e, infelizmente, continua manchando em vários aspectos.

A celebração carrega consigo não apenas a memória e homenagem a Zumbi, líder de Palmares, mas carrega, sobretudo, um longo e importante processo de organização e luta da população negra brasileira que pôs em movimento com avanços e recuos, mas sem perder de vista a importância do fim do racismo.

Como líder político e ciente da minha responsabilidade, sempre procurei abrir diálogo, fortalecer os movimentos e, acima de tudo, lutar contra toda e qualquer discriminação. Para melhor compreensão, é importante ressaltar que o fim oficial da escravidão em 1888 é um fato recente, ainda existem inúmeras heranças - ruins - deste período. Caminhando pela periferia de toda Grande São Paulo, podemos encontrar a população negra ainda sem acesso ao Ensino Superior, à saúde de qualidade, moradia e tantos outros direitos básicos para existência de qualquer cidadão.

Despossuídos politicamente, socialmente e economicamente de qualquer direito, os libertos, ex-escravizados e seus descendentes instituíram movimentos de mobilização racial negra no Brasil, que até hoje travam batalhas para que assim a tão chamada CONSCIÊNCIA seja despertada e enfim a sonhada igualdade chegue.

É tempo de despertar, arregaçar as mangas e juntos, numa só voz, lutar por um país com mais coragem de enfrentar seus pré-conceitos e assim garantir, pessoa a pessoa, o despertar para um novo tempo que podemos construir.

Junior Orosco é empresário, político e colunista