Cada vez mais conhecida, a
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada pela diminuição de ar
nos pulmões e compõe um grupo de doenças respiratórias, como bronquite crônica
e o enfisema. O pneumologista Valter Eduardo Kusnir, do Hospital Santa Casa de
Mauá, explica que a doença é uma resposta inflamatória às toxinas inalatórias e
está ligada ao tabagismo, cerca de 85% dos casos.
Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, até
2030 a previsão é que a doença se torne a terceira causa de morte no mundo e a
quarta no Brasil, pois cerca de 40 mil brasileiros morrem todos os anos em
decorrência de suas complicações. É importante frisar que cerca de 15% dos
tabagistas desenvolvem a DPOC ao longo da vida.
A exposição à poeira, poluentes e gases químicos
também pode contribuir para o aparecimento da patologia, além de um fator
genético, como a deficiência de alfa-1-antitripsina.
O processo inflamatório provoca alterações nos
brônquios, bronquíolos e parênquima pulmonar e o sintoma mais comum é a falta
de ar que, no início, pode ser discreta e, com o tempo, se tornar intensa. Nos
casos mais avançados, a falta de ar ocorre com o paciente em repouso e em
atividades simples do dia a dia. Porém, as tosses e o encurtamento da
respiração são outros sintomas que podem ocorrer.
O diagnóstico é feito a partir de um exame físico,
radiografia de tórax, exames de sangue, histórico do paciente e por um exame de
espirometria, o qual avaliará a capacidade ventilatória pulmonar. “Com o
diagnóstico o tratamento deve ser iniciado imediatamente, já que atualmente há
medicamentos cada vez mais específicos, os quais são eficazes, até nas fases
mais avançadas da doença aumentando o volume da capacidade respiratória do
paciente. É aconselhável que os fumantes mantenham uma rotina de exames anuais
a fim de evitar que o dano seja irreversível. A melhor prevenção e tratamento
para a DPOC é não fumar”, alerta o médico Valter Eduardo Kusnir.
O tratamento envolve prescrição de
broncodilatadores, anticolinérgico e medicamentos à base de cortisona, além de
fisioterapia respiratória. Nos casos mais graves, a oxigenioterapia poderá
oferecer mais conforto e sobrevida ao paciente.
De acordo com a Global Initiative for Chronic
Obstructive Pulmonar Disease, a maioria das respostas positivas para o seguinte
questionário podem identificar a DPOC: você tosse várias vezes na maioria dos
dias? Você tem catarro ou muco na maioria dos dias? Você fica sem fôlego mais
facilmente do que outras pessoas da sua idade? Você tem mais de 40 anos? Você é
fumante ou ex-fumante?
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