Mesmo compondo 15%
da população mundial, pessoas com deficiência ainda são consideradas uma
minoria, isso porque apesar de serem mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do
mundo, ainda há muito preconceito e intolerância em relação a esse grupo, só no
Brasil são mais de 17 milhões de pessoas. Discutir políticas públicas voltadas
a essa parcela da população é de extrema importância, o líder político e
empresário Junior Orosco destaca que desde cedo conviveu com a realidade de
pessoas com deficiência. "Sempre foi uma realidade do meu trabalho, por
conta da realidade da minha família. Minha irmã nasceu com paralisia cerebral e
desde muito cedo sofreu inúmeras cirurgias e tratamentos”, diz Orosco.
Para ele, é
importante desenvolver planos de inserção e de incentivo aos estudos e mercado
de trabalho, Orosco relata a dificuldade de sua irmã durante essa jornada.
“Infelizmente, ela sempre teve dificuldade para arranjar emprego, vaga em
escola, cursos por conta da discriminação”. Em forma de questionamento para
reflexão, o empresário indaga: "Quantas pessoas com deficiência trabalham
com você? Ou são colegas de estudo? Amigos? Essas perguntas podem parecer
desconexas, mas fazem parte de uma reflexão para entender algumas das
consequências do capacitismo na sociedade”, pontua Orosco.
O termo pode
parecer estranho, mas tem ganhado espaço em discussões nas redes sociais.
Afinal, o que é o capacitismo? O consenso é que o capacitismo é uma forma de
preconceito com pessoas com deficiência, e está enraizado na sociedade. Como o
termo diz, envolve uma pré-concepção sobre as capacidades que uma pessoa tem ou
não devido a uma deficiência, e geralmente reduz uma pessoa a essa deficiência.
Para Junior Orosco, a quebra destes preconceitos pôde garantir um futuro de
qualidade à sua irmã. “Hoje, após muitas batalhas e quebras de padrões, ela é
formada e tem sua independência financeira”, destaca.
Sua jornada
familiar despertou também o interesse em desenvolver políticas públicas no
terceiro setor. “Hoje atuo nesse campo em todos os níveis, seja deficiência
visual, intelectual e física... Uma atuação bem ampla. Tanto pela ONG, através
do Instituto Motiva, quanto na política, trazendo recursos e aproximando
relações governamentais e empresariais em busca da construção de um novo
caminho de oportunidades”, declara Orosco.
De acordo com
Junior Orosco, o único caminho para transformação social e quebra de
preconceitos é a ampliação de oportunidades. “Não dá pra discutir política sem
dialogar com todos os setores e parcelas da população, não é uma pequena parte,
são mais de 17 milhões de brasileiros que, juntos, pedem por representatividade
e atenção na construção de políticas públicas reais, com oportunidades de
estudo, trabalho e qualidade de vida. Do acesso a escola à infraestrutura de
cidades de todos, é a tarefa do servir - em todos os sentidos”, finaliza.
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