"Políticas públicas para pessoas com deficiências devem pautar agenda do servir na política”, diz Junior Orosco

Por Portal Opinião Pública 02/12/2021 - 11:19 hs
Foto: Divulgação

Mesmo compondo 15% da população mundial, pessoas com deficiência ainda são consideradas uma minoria, isso porque apesar de serem mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo, ainda há muito preconceito e intolerância em relação a esse grupo, só no Brasil são mais de 17 milhões de pessoas. Discutir políticas públicas voltadas a essa parcela da população é de extrema importância, o líder político e empresário Junior Orosco destaca que desde cedo conviveu com a realidade de pessoas com deficiência. "Sempre foi uma realidade do meu trabalho, por conta da realidade da minha família. Minha irmã nasceu com paralisia cerebral e desde muito cedo sofreu inúmeras cirurgias e tratamentos”, diz Orosco.

Para ele, é importante desenvolver planos de inserção e de incentivo aos estudos e mercado de trabalho, Orosco relata a dificuldade de sua irmã durante essa jornada. “Infelizmente, ela sempre teve dificuldade para arranjar emprego, vaga em escola, cursos por conta da discriminação”. Em forma de questionamento para reflexão, o empresário indaga: "Quantas pessoas com deficiência trabalham com você? Ou são colegas de estudo? Amigos? Essas perguntas podem parecer desconexas, mas fazem parte de uma reflexão para entender algumas das consequências do capacitismo na sociedade”, pontua Orosco. 

O termo pode parecer estranho, mas tem ganhado espaço em discussões nas redes sociais. Afinal, o que é o capacitismo? O consenso é que o capacitismo é uma forma de preconceito com pessoas com deficiência, e está enraizado na sociedade. Como o termo diz, envolve uma pré-concepção sobre as capacidades que uma pessoa tem ou não devido a uma deficiência, e geralmente reduz uma pessoa a essa deficiência. Para Junior Orosco, a quebra destes preconceitos pôde garantir um futuro de qualidade à sua irmã. “Hoje, após muitas batalhas e quebras de padrões, ela é formada e tem sua independência financeira”, destaca.

Sua jornada familiar despertou também o interesse em desenvolver políticas públicas no terceiro setor. “Hoje atuo nesse campo em todos os níveis, seja deficiência visual, intelectual e física... Uma atuação bem ampla. Tanto pela ONG, através do Instituto Motiva, quanto na política, trazendo recursos e aproximando relações governamentais e empresariais em busca da construção de um novo caminho de oportunidades”, declara Orosco.

De acordo com Junior Orosco, o único caminho para transformação social e quebra de preconceitos é a ampliação de oportunidades. “Não dá pra discutir política sem dialogar com todos os setores e parcelas da população, não é uma pequena parte, são mais de 17 milhões de brasileiros que, juntos, pedem por representatividade e atenção na construção de políticas públicas reais, com oportunidades de estudo, trabalho e qualidade de vida. Do acesso a escola à infraestrutura de cidades de todos, é a tarefa do servir - em todos os sentidos”, finaliza.