A procuradora-geral da cidade de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, passou por uma situação, nesta segunda-feira (20), que ela certamente nunca havia imaginado que poderia passar. Em seu ambiente de trabalho, na prefeitura do município do interior de São Paulo, ela foi agredida com socos e chutes por um colega, o também procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos. As cenas tórridas, gravadas por outras servidoras locais, circularam pela internet nos últimos dias e são chocantes.

A motivação para a agressão, segundo boletim de ocorrência, é de que Gabriela teria aberto um processo administrativo contra o agressor – que já foi afastado de suas funções - por conta de sua postura. Descontrolado, ele partiu para cima da colega desferindo os golpes que a machucaram bastante.

O tétrico episódio, no entanto, apenas evidencia como as mulheres sofrem em um país onde as punições a este tipo de violência ainda são brandas. Ainda que seja incomum ver mulheres serem agredidas em seu ambiente de trabalho, são diversos os relatos diários de violência doméstica ou em ambientes públicos. Assim, nenhuma mulher parece estar salva de casos desta estirpe.

Por isso é preciso buscar meios de endurecer as punições aos agressores de mulheres para que fique o exemplo de que atitudes como essas não devem e não podem ser toleradas de forma alguma. E também é necessário oferecer suporte a todas as mulheres que se sintam ameaçadas. Garantir o apoio psicológico ou até mesmo o acolhimento às vítimas de violência é fundamental. E além disso, todas as pessoas que passam por esse tipo de situação precisam ser mais ouvidas quando relatam casos como esses.