O Ministério da Saúde (MS) e
a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam que o leite materno seja o
alimento exclusivo nos primeiros seis meses de vida, já que é natural e se
adapta às fases da criança, fornecendo vitaminas, minerais, açúcares, proteínas
e gorduras. Assim, por meio da Lei nº 13.435/2017, foi instituído o Mês do
Aleitamento Materno ou o Agosto Dourado, que visa conscientizar a sociedade
sobre essa importância.
Para a pediatra Roseli Dabul, do Hospital Santa
Casa de Mauá, o Agosto Dourado simboliza a luta pelo incentivo à amamentação e
a cor remete à qualidade do leite materno. “O trabalho de orientação sobre os
benefícios da amamentação deve ser feito ainda na unidade neonatal, pelo
pediatra e enfermeiros. Porém, a opção de amamentar será sempre da mãe”,
destaca a médica.
O leite materno diminui em 20% o risco de leucemia
e melhora o desenvolvimento neurológico da criança. Estudos também comprovam
que a amamentação reduz a mortalidade infantil, fortalece o sistema
imunológico, as funções cardíacas e respiratórias, reduz os riscos de alergias,
diminui problemas endócrinos, como desnutrição, obesidade e diabetes, minimiza
riscos de problemas gastrointestinais e diarreias, doenças inflamatórias e
oncológicas, além de prevenir anemias, já que contém ferro, vitamina B12 e
ácido fólico.
A sucção e outros movimentos que a criança faz
para retirar o leite do seio é fundamental para o desenvolvimento do palato e
dentes e o desmame precoce pode prejudicar as funções de mastigação,
deglutição, respiração e articulação dos sons da fala, ocasionar má-oclusão
dentária, respiração bucal e alteração motora-oral.
Outro benefício da amamentação está ligado ao
desenvolvimento cognitivo. A gordura presente no leite materno é constituída
por ácidos graxos poli-insaturados, ricos em DHA, responsáveis pela formação
dos neurônios da criança e sinapses nervosas, memória, aprendizado e a atenção.
O DHA é um dos componentes do ômega-3, nutriente importante também para
prevenir problemas neurológicos como TDAH, Alzheimer e demência.
“É importante ressaltar que após a amamentação
exclusiva pelos primeiros seis meses, outros alimentos devem ser adicionados à
dieta e a amamentação pode ser prolongada até os dois anos de idade”, explica a
pediatra Roseli Dabul.
O ato de amamentar ainda traz grandes vantagens
para a mãe, como diminuição do risco de câncer de mama, ajuda no pós-parto - já
que o útero se contrai e volta ao tamanho normal mais rapidamente, aumenta o
fluxo de ocitocina – hormônio do amor, evitando perdas de sangue e anemia, além
de ter efeito antidepressivo.
Algumas dicas podem colaborar com a amamentação,
como massagear os mamilos com leite humano fresco antes e depois das mamadas
para ajudar a cicatrização das fissuras; trocar os protetores de seios com
frequência para reduzir o risco de infecções e, durante o banho, lavar os seios
somente com água, pois as pequenas glândulas na aréola produzem um óleo que
hidrata e protege os mamilos.
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