As fortes chuvas que atingiram Mauá no último domingo (12) voltaram a explicitar um velho problema que atrapalha a vida de milhares de pessoas na cidade: o surgimento de pontos de alagamento espalhados por vários pontos do município. Fotos e vídeos gravados por munícipes mostraram situações graves por toda a cidade. Uma delas aconteceu na altura do número 1700 da Avenida Barão de Mauá, uma das principais vias do município, onde um carro chegou a ficar submerso em meio ao transbordamento do córrego Bocaina, que passa pela região, sendo necessária a ação do Corpo de Bombeiros para o resgate do motorista.

Outros pontos de Mauá também passaram por situações semelhantes. A região de ligação entre a Avenida Barão de Mauá e a Avenida Presidente Castelo Branco, que dá acesso ao Jardim Zaíra, ficou intransitável devido a enchente que atingiu o local, na altura do supermercado Coop. As Avenidas Portugal e Capitão João foram outras vias que registraram pontos de alagamento, bem como a Avenida Papa João XXIII que entre outras coisas, dá acesso ao Rodoanel.

Atento à situação, o empresário Claudio Custódio cobrou dos governos municipal e estadual ações que possam diminuir a incidência de alagamentos pela cidade em épocas de chuvas. Para ele, é necessário que estudos mais aprofundados no setor de urbanização sejam realizados para dar uma solução permanente a esse cenário indesejado.

“A situação que vimos em Mauá neste domingo é mais um alerta dado sobre a importância de a administração pública pensar em maneiras de sanar esse problema de uma vez por todas, pois sempre que a chuva nos atinge com um pouco mais de intensidade, vemos o caos em que a cidade se transforma”, disse Custódio, revelando ainda que irá enviar, nas próximas semanas, ofícios à Prefeitura mauaense e ao Palácio dos Bandeirantes pedindo para que ambas as esferas atuem dentro de suas áreas para apresentarem soluções que possam ser aplicadas de maneira rápida e eficaz.

“Como eu disse, é preciso cobrar das autoridades as ações necessárias para acabar com esse problema. Por isso pretendo enviar ofícios à Prefeitura de Mauá e ao Governo Estadual solicitando a execução de ações que possam ajudar a cidade, cada qual dentro de suas atribuições. O que não é mais possível é seguir convivendo com alagamentos na cidade sempre que chove com mais intensidade e ver as pessoas tendo perdas por causa disso”, explicou.

O empresário também citou os prejuízos que a grave situação tem trazido ao município, em especial para o setor industrial, do qual faz parte.

“Sempre que chove com mais intensidade em Mauá, acabamos sendo prejudicados na parte de logística principalmente, pois a cidade fica intransitável. O acesso aos polos industriais como a ACIBAM e a AEPIS, por exemplo, deixa de acontecer, já que a Avenida Papa João XXIII alaga com facilidade, isso é de conhecimento geral. E tal situação representa perdas para muita gente”, apontou Custódio, lembrando já ter presenciado casos como o de domingo inúmeras vezes em Mauá. Ele ainda afirma que esse problema também atinge aos trabalhadores.

“Nós mesmos temos muitas dificuldades para sair do condomínio ACIBAM por conta dos alagamentos recorrentes na região, pois eles geram quilômetros de trânsito parado. Com isso, são vários os trabalhadores que sofrem para chegar em casa e ter um momento de descanso. Por isso é preciso cobrar das autoridades as soluções para evitar que cenários como esse sigam acontecendo com frequência”, relatou.

Por fim, Custódio faz ainda uma ressalva, afirmando que a solução para os alagamentos em Mauá cessarem passa também pela conscientização da população.

“Os alagamentos que enfrentamos é um problema de todos e cada um precisa fazer sua parte. A administração pública com a realização das ações necessárias e a população tomando consciência sobre a importância de contribuir para manter nossos córregos e rios limpos, e também cobrando do Poder Público as devidas medidas”.