Editorial - Triste realidade

Por Portal Opinião Pública 09/03/2023 - 10:55 hs
Foto: Freepik.com / Reprodução

Apesar das comemorações pelo "Dia Internacional da Mulher" e das ações e campanhas de conscientização pelos direitos das mulheres crescerem a cada ano, ainda é muito difícil ser mulher no Brasil. Pelo menos é o que mostram dados compilados pelo portal G1, que apontam um crescimento no número de feminicídios no país em 2022, na comparação com o ano anterior.

Segundo o levantamento, que utilizou estatísticas dos 26 estados da nação e do Distrito Federal, 1,4 mil mulheres foram assassinadas apenas pelo fato de serem mulheres no ano passado. Uma média de uma morte a cada seis horas, o que coloca este índice como o maior já registrado no Brasil desde 2015, quando começou a vigorar a lei de feminicídio.

Os números apresentados, somados a outros delitos mostram que há um crescimento da violência contra as mulheres. São muitos os episódios de ameaças e de abusos psicológicos e físicos sendo registrados por pessoas de todas as idades, etnias e classes. Entretanto, ainda há um sem número de casos não denunciados.

Além das ações para conscientizar as mulheres sobre a importância de denunciar este tipo de situação, é fundamental focar nos homens, punindo duramente quem comete crimes e educando as próximas gerações a não reproduzirem comportamentos que coloquem a integridade das mulheres em risco. Não há mais como tolerar que casos assim sigam crescendo ano após ano.