Marcelo Oliveira consegue autorização para obras que devem acabar com enchentes na entrada da cidade
Após décadas de
espera, enfim uma obra que pode resolver os problemas de alagamento na região
do Paço Municipal de Mauá está prestes a ser iniciada. Em reunião com o atual presidente
da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Pedro Tegon Moro, no dia
3 de março, o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), conseguiu a autorização da
autarquia estadual para a realização de uma intervenção que garantirá maior
drenagem na região da Avenida João Ramalho. O serviço, que promete mais do que
dobrar a vazão de água a partir do piscinão do Paço Municipal, até chegar ao
rio Tamanduateí, passará por baixo da linha férrea da linha 10 – Turquesa,
administrada pela Companhia de Trens.
Demonstrando
bastante otimismo com a novidade, Oliveira contou que as obras na região já
haviam sido iniciadas em 2015. Porém, segundo ele, a gestão anterior acabou não
dando continuidade ao serviço. “É uma grande conquista para a nossa cidade. As
obras foram iniciadas em 2015, mas pararam em 2017, devido ao descaso e falta
de empenho da antiga gestão em avançar nessas conversas com a CPTM”, disse o
prefeito logo após a reunião. Ele completou ressaltando o quão urgente é essa
obra.
“Mas entendemos
que é essencial realizar urgentemente essa intervenção, para termos um reforço
no combate às enchentes em Mauá”, afirmou Oliveira, que em janeiro deste ano já
havia utilizado suas redes sociais para falar sobre a possibilidade da
realização desta obra na região. Na oportunidade, o prefeito citou que esta
seria uma “obra transformadora” para a cidade e que a população já aguardava há
décadas por uma solução definitiva para o problema no local. Além disso, em
entrevistas à mídia local, o petista já havia revelado a chegada de uma verba
de R$ 7 milhões, oriunda do Governo Estadual, que auxiliaria no combate às
enchentes.
Na última sexta-feira
(10), Oliveira recebeu o Jornal Opinião Pública em seu gabinete e deu mais
detalhes sobre os trabalhos que serão realizados no local. Segundo ele, foi
através de um estudo, onde foram mapeados diversos pontos de alagamento na
cidade ao longo das últimas décadas, que foi possível dar prosseguimento ao
plano de realização desta obra. O prefeito mauaense ressaltou ainda, que além
da CPTM, outras empresas e órgãos estão envolvidos no projeto.
“Chamamos a CPTM
para conversar, a MRS (empresa de logística responsável por operar trens de
carga na linha férrea que passa pela cidade), a Braskem e também o DAEE
(Departamento de Águas e Energia Elétrica) para que pudéssemos, em conjunto,
solucionar alguns problemas, inclusive esse de aumentar a vazão da água que
passa por baixo da linha férrea como prioridade”, afirmou Oliveira, lembrando
ainda que parte da obra já havia sido realizada como contrapartida do DERSA
(Desenvolvimento Rodoviário S. A.), na época da construção da via que liga a
cidade à Avenida Jacu Pêssego. “Foi realizado um lado em um governo, o outro
lado em outro governo e ficou faltando a principal, que é por baixo da linha
férrea, e que também é a mais cara. Para se conseguir essa autorização, nós tínhamos
que conseguir recursos para realizar uma construção não destrutível, feita com
aqueles tatuzões que vemos em São Paulo fazendo as obras por baixo da terra,
sem atrapalhar o dia a dia das pessoas”.
Ainda de acordo
com o prefeito, a relação com a CPTM e com a MRS se manteve sempre muito
saudável, já que ambas têm interesses na cidade. A autarquia paulista está
construindo, no momento, o Pátio Mauá Norte da Linha 10 - Turquesa, estrutura
que ficará entre as estações de Mauá e Capuava e servirá como estacionamento
para os trens. Já a MRS também possui demandas em relação à linha e já se
alinhou com o Paço nesse sentido.
Quanto aos
recursos para a execução das obras, Oliveira explicou que os R$ 7 milhões
oriundos de um termo assinado junto ao Governo de São Paulo serão utilizados
para a realização do serviço, que deverá custar em torno de R$ 10 milhões. O
restante da verba será garantido pela municipalidade. Além disso, o prefeito
demonstrou otimismo com a celeridade do processo, que deverá entrar em fase de licitação
em breve.
“Está bem
encaminhado. Sete milhões do Governo do Estado e o restante será da Prefeitura
para que possamos fazer essa obra. Conversamos recentemente com a Braskem, que
tem alguns dutos que passam por ali e é importante sabermos para não termos
problemas. Estamos revendo as planilhas para que possamos soltar a licitação no
próximo mês”, explicou.
Sobre a previsão
de entrega da intervenção, Marcelo Oliveira revelou que a intenção é entregá-la
antes do início do próximo verão, período em que as chuvas caem com maior
intensidade e onde são registrados os maiores índices de alagamento na cidade.
Outro ponto destacado pelo prefeito é de que as obras não irão atrapalhar a
circulação dos trens na região, ponto importante para os usuários do transporte
coletivo que precisam se locomover para as cidades vizinhas ou para a capital.
Já em relação a
obra em si, a previsão é de que a drenagem mais do que dobre os atuais índices
de vazão no local, melhorando assim o escoamento das águas pluviais em dia de
chuva. “Hoje são 22 m³ por segundo de vazão e vai passar a ter 50 m³ por
segundo, mais do que dobrar. Então a nossa expectativa e dos engenheiros que
fizeram esse estudo é de que resolve o problema das enchentes. É claro que,
quando vem uma chuva fora do normal, qualquer lugar pode ter problema. Basta
ver a chuva que atingiu São Sebastião e o desastre que aconteceu. Mas essa
questão de que qualquer chuva que cai inunda, isso vai acabar”.
Por fim, Oliveira
também falou sobre as ações que a Prefeitura de Mauá tem adotado para diminuir
a incidência de alagamentos em outras partes da cidade. “Temos limpado todos os
córregos, bocas de lobo e acompanhado essas ações para que quando a chuva vir,
não atinja tanto os moradores. Contratamos uma empresa para fazer um estudo das
bacias em Mauá e estamos preparando um projeto de uma obra para a região do
(Jardim) Boa Esperança. Estou indo para Brasília (o prefeito esteve na capital
federal nesta semana) conversar com os Ministérios da Cidade e de
Desenvolvimento Regional e estamos levando algumas propostas. Se tivermos
condições de fazer, vamos preparar os projetos”, revelou o prefeito. Ele também
deu um parecer positivo quanto a limpeza dos piscinões na cidade feita por
órgãos do governo estadual. “Existia um período em que tínhamos dificuldade de
conseguir (a limpeza dos piscinões), mas nestes dois anos que estamos aqui,
eles têm cumprido o calendário, de três limpezas por ano. E em algumas vezes
que pedimos, eles têm vindo nos ajudar. O que é importante falar sobre os piscinões
é que apresentei um pedido para aumentar a capacidade deste piscinão do Paço.
Além de aumentar a vazão, aumentar a capacidade desse reservatório nos ajudaria
muito, porque ele é diferente do piscinão do Zaíra, por exemplo. No piscinão do
centro, o rio passa por dentro dele, então ele já vai enchendo mesmo antes e
precisa dele. No Zaíra, o piscinão é fora do rio. Então a água só vai depois
que enche o rio. Então, a ideia é aumentar a capacidade de armazenamento deste
piscinão, porque não temos como mudar o sistema dele. Na verdade até existe, e
estamos conversando sobre isso”, finalizou.
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