Nos últimos dias, os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais enfrentaram momentos de muita angústia e tensão devido às fortes chuvas. Até o momento, foram confirmadas as mortes de dezenas de pessoas enquanto outras milhares estão desabrigadas.

No caso das recentes tragédias, o nível atípico de precipitações nesses dois estados é o principal fator para todos os problemas gerados. Quando a quantidade de chuva que tem atingido Minas Gerais e o Espírito Santo desaba sobre qualquer lugar, pouco se pode fazer para conter os problemas. Às vezes nos esquecemos de quão poderosa pode ser a natureza. Porém, é preciso pensar que em outros casos – e até nestes, em menor escala – diversos fatores contribuem para que esse tipo de tragédia ocorra, até com uma frequência maior do que a devida. E a falta de prevenção é um deles.

De nada adianta tentar combater as chuvas quando elas já estão caindo. Desta forma, é necessário sempre pensar em ações assertivas para minimizar os estragos. E esse tipo de medida tem de acontecer durante todo o ano, ficando a cargo do Poder Público. Iniciativas que tenham como princípio a manutenção de ruas, bueiros, galerias, córregos e rios limpos são fundamentais, pois no momento em que a chuva cai, é necessário haver caminho livre para as águas correrem e seguirem um curso que não atrapalhe a vida de ninguém. Assim como também é preciso haver mais campanhas de conscientização para os cidadãos e planejamento urbano para o crescimento ordenado das cidades.

Por outro lado, de nada adianta se prevenir se nós munícipes não fizermos nossa parte. Não basta apenas as equipes das Prefeituras realizarem ações de limpeza, desassoreamento e obras para conter o acúmulo se a população não colaborar. E essa colaboração vem, principalmente, do fato de não se jogar lixo nas ruas, nos bueiros ou descartar qualquer tipo de material em terrenos baldios, córregos e rios, e também não construir suas casas em qualquer lugar, especialmente em áreas de risco.

Prevenir problemas durante os períodos de chuva é um dever de todos, pois só assim eles poderão ser diminuídos. E isso ocorre em uma via de mão dupla, pois de nada adianta somente um lado fazer sua parte.