Coronavirus – verdades e mentiras

Por Dr. Odair M. Branco 10/08/2021 - 09:38 hs

Além das notícias verdadeiras sobre o vírus, a internet está repleta de boatos acerca da pandemia. A agência de checagem em notícias de saúde DROPS checou a veracidade de algumas informações divulgadas na internet.

Nos últimos dias, as notícias falsas sobre o novo coronavírus têm se espalhado com a mesma velocidade com que a própria doença avança pelo mundo. Postagens em redes sociais como Twitter e Facebook e publicações em sites e blogs tratam de temas que vão de “teorias da conspiração” envolvendo a indústria farmacêutica à previsões catastróficas sobre o futuro da humanidade.

“Coronavírus tem efeito imediato de pneumonia” – FALSO

Desde o início da pandemia do coronavírus observou-se que os principais sintomas da doença são: febre, tosse, falta de ar e dificuldade para respirar, semelhantes a um resfriado. A pneumonia, uma infecção do trato respiratório inferior, pode ou não acometer pessoas contaminadas pelo coronavírus, porém não de forma imediata.

“Coronavírus pode ser transmitido através de encomendas vindas da China” – INSUSTENTÁVEL

As análises realizadas até agora mostraram que o novo coronavírus não sobrevive por muito tempo em objetos. Dessa forma, a contaminação por meio de encomendas vindas da China é improvável e insustentável do ponto de vista científico.

“Foram descobertos três medicamentos eficazes contra o coronavírus” – FALSO

Até o momento, não existem medicamentos comprovadamente eficientes para a prevenção do novo coronavírus. Drogas para o tratamento estão sendo investigadas e testadas, porém ainda não há evidências científicas de sua eficácia.

“Lavar o nariz com soro fisiológico previne a contaminação por coronavírus” – INSUSTENTÁVEL

Não há evidências científicas que tenham demonstrado que lavar o nariz com soro fisiológico ou soluções nasais é uma medida efetiva na prevenção da contaminação pelo novo coronavírus ou por qualquer outro vírus.

“Gargarejo com enxaguante bucal previne contaminação por coronavírus” – INSUSTENTÁVEL

Não existe comprovação científica que demonstre que o uso de enxaguantes bucais na forma de gargarejo protege as pessoas da contaminação pelo novo coronavírus. Esses produtos podem eliminar micróbios presentes na boca, porém não eliminam o coronavírus.


Consumir bebida alcoólica previne contra Covid-19” – FALSO

 Apesar do álcool ser um produto de limpeza recomendado para manter objetos e até mesmo as mãos higienizadas, o consumo de bebidas alcoólicas não produz nenhum efeito benéfico ao organismo e não protege de nenhuma doença, inclusive da Covid-19.

 “Gengibre fervido mata coronavírus” – FALSO

Diversas postagens em redes sociais recomendam o uso de gengibre fervido em água para “matar” o novo coronavírus. A origem dessa afirmação parte da Índia, local onde o ingrediente tem grande popularidade. No entanto, a comunidade médica é unânime em afirmar que não há qualquer comprovação do poder de cura do gengibre para a Covid-19.

“Chá imunológico previne contra coronavírus” – FALSO

Circula nas redes sociais uma receita de chá elaborada com ervas, frutas e até vegetais que teria supostas propriedades imunológicas capazes de prevenir contra a Covid-19. A receita inclusive está “assinada” por um suposto médico. Entretanto, não há nenhuma comprovação científica de que essa, ou qualquer outra receita de chá, tenha a capacidade de evitar a Covid-19.

“Vinagre é o melhor desinfetante para matar o coronavírus” – FALSO

Uma postagem que circula em diversas redes sociais recomenda a utilização de produtos ditos “naturais” para desinfetar as casas e prevenir a transmissão do coronavírus. A postagem sugere que o vinagre seria um produto tão eficiente quanto o álcool ou uma solução de água sanitária. Em nossa checagem observamos que os organismos oficiais de saúde nacionais e internacionais não recomendam outros produtos que não o álcool e as soluções à base de água sanitária para limpeza e desinfecção.

“Tomar Vitamina D previne contra o coronavírus” – FALSO

Desde o início da pandemia há um vídeo em circulação que afirma que a deficiência de vitamina D estaria associada à infecção por coronavírus.