Mauá reúne Comitê de Enfrentamento aos Efeitos da Chuva e decide antecipar “Operação Chuvas de Verão”

Por Portal Opinião Pública 19/10/2023 - 09:37 hs
Foto: Ubiratã Ventura-PMM / Divulgação
Mauá reúne Comitê de Enfrentamento aos Efeitos da Chuva e decide antecipar “Operação Chuvas de Verão”
Reunião definiu antecipação da

O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), se reuniu na última semana com o Comitê Permanente de Combate e Enfrentamento aos Efeitos Decorrentes das Chuvas para avaliar o trabalho realizado no ano e alinhar as estratégias para intensificar as ações na prevenção de ocorrências durante os próximos meses, onde tradicionalmente há uma intensificação das precipitações. No encontro, ficou decidido que a “Operação Chuvas de Verão”, iniciada habitualmente em 1º de dezembro, será antecipada para o final deste mês. Todos os equipamentos de monitoramento das chuvas da Prefeitura de Mauá, como pluviômetros e plataformas de dados, estão conectados ao sistema do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).

A antecipação da iniciativa não é uma novidade no município. No ano passado, a campanha acabou sendo lançada já no final de novembro, devido aos altos índices pluviométricos registrados durante aquele mês. Para 2023, a meta da atual gestão é iniciar os trabalhos ainda mais cedo, como forma de prevenir melhor possíveis problemas causados pelas chuvas.

“É necessário estarmos preparados sempre. Por isso esse trabalho de limpeza de córregos, bocas de lobos, galerias de águas pluviais e desassoreamento de rios, ocorre o ano todo, e agora precisamos reforçar todo esse trabalho e também na orientação a população, para que esteja atenta a essas situações, saber quem procurar em caso de necessidade”, explicou Oliveira.

Ainda segundo o Paço mauaense, a Secretaria de Defesa Civil elaborou um Plano de Contingência Municipal para mitigar o risco de perda de vidas e de danos materiais em caso de desastres naturais ou de intervenção “antrópica”, ou seja, quando resulta de intervenção humana, como o corte de barrancos, por exemplo.

Para essa elaboração, foi montado um grupo de trabalho em que os integrantes representam a Defesa Civil de Mauá, Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, organizações não-governamentais, associação de moradores, Núcleos de Defesa Civil (Nudecs) e sociedade civil. O Plano de Contingência Municipal será concluído no final do mês, quando está programada a realização de um simulado na região do Macuco, no Jardim Zaíra.

“O que mais deixa as pessoas preocupadas é o desconhecido, não saber agir nas situações de emergência. Esse Plano vem para ajudá-los e também deixar todo o poder público alinhado para agir e atender a população em momentos de risco que uma forte chuva pode provocar”, exemplificou Sérgio Moraes, secretário de Proteção e Defesa Civil, que nas ações preventivas conta com o apoio de cinco Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs) e também das crianças e adolescentes que ao longo de todo o ano recebem orientações, formando assim a Defesa Civil Mirim.

A Prefeitura reforça a orientação para que, em caso de emergência, acione a Defesa Civil (199), o Corpo de Bombeiros (193) ou o SAMU (192). 

Obras contra alagamentos 

Há pouco mais de um mês, o governo mauaense já havia assinado a ordem de serviço para o início das obras que ampliarão o escoamento de água, em dias chuvosos, no entroncamento do córrego Taboão, do Piscinão do Paço Municipal, no sentido do Rio Tamanduateí. A intervenção consiste no aumento da tubulação com cerca de 40 metros de extensão que passará por baixo dos trilhos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da avenida Alberto Soares Sampaio, e tem como meta prevenir alagamentos na região da avenida João Ramalho.

De acordo com a Prefeitura, o serviço fará com que a capacidade de escoamento das águas entre o piscinão do Paço e o Rio Tamanduateí passe de 22 mil litros por segundo para 50 mil litros por segundo. Ao todo, estima-se que serão investidos mais de R$ 10,5 milhões, entre recursos provenientes do Governo do Estado e contrapartidas da Prefeitura nas obras, que são a continuação de um projeto iniciado em 2015 e que foi paralisado em 2017.

O método utilizado para essa obra é o não destrutivo NATM – New Austrian Tunneling Method, para causar menos impacto e riscos para o solo e não prejudicar a circulação dos trens. Outras ações complementares serão executadas, como a restauração de muros de gabião.