A guerra e a saúde

Por Portal Opinião Pública 19/10/2023 - 15:33 hs
Foto: Divulgação

Dr. Luiz Marcelo Chiarotto Pierro

Durante a guerra do Hamas, que ocorreu em um contexto de longos conflitos entre Israel e grupos palestinos, o impacto na saúde do povo palestino foi profundo e abrangente. Os sistemas de saúde já fragilizados enfrentaram desafios adicionais, exacerbando as condições precárias de saúde na região.

A violência constante resultou em um aumento significativo no número de vítimas, com muitos civis, incluindo crianças e idosos, sofrendo lesões e traumas. A falta de acesso a cuidados médicos adequados devido à destruição de infraestruturas, como hospitais e clínicas, complicou ainda mais a situação. O bloqueio de fronteiras e a restrição de movimentos também dificultaram o transporte de suprimentos médicos essenciais e a evacuação de pacientes em estado crítico.

As condições sanitárias deterioraram-se, contribuindo para o aumento de doenças infecciosas. A escassez de água potável e a interrupção dos serviços básicos prejudicaram a higiene, levando a surtos de doenças transmitidas pela água. Além disso, o estresse e o trauma psicológico generalizado entre a população tiveram impactos negativos na saúde mental, exacerbando problemas como a ansiedade e a depressão.

O acesso irregular a alimentos nutritivos também agravou a desnutrição, especialmente entre crianças, tornando-as mais vulneráveis a doenças. A longa duração dos conflitos e a instabilidade constante geraram um ambiente propício para crises humanitárias, dificultando os esforços para fornecer ajuda humanitária eficaz.

É crucial destacar que o impacto na saúde do povo palestino durante a guerra do Hamas não se limita apenas ao período de combates, mas persiste no pós-conflito devido às consequências a longo prazo. A reconstrução dos sistemas de saúde e infraestrutura é essencial para aliviar o sofrimento contínuo da população e restaurar as condições de vida básicas.

Em suma, a guerra do Hamas teve efeitos devastadores na saúde dos palestinos, não apenas devido à violência imediata, mas também devido às consequências duradouras que continuam a afetar a comunidade. O acesso consistente a cuidados médicos, saneamento básico e apoio psicossocial emergem como prioridades cruciais para promover a recuperação e o bem-estar da população afetada.

Um abraço!