Editorial – O mínimo

Por Portal Opinião Pública 30/11/2023 - 11:06 hs
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O presidente da Enel no Brasil anunciou que, até o próximo dia 6 de dezembro, deverá ser anunciado pela companhia responsável pelo fornecimento de energia em São Paulo, um plano de ressarcimento dos prejuízos causados pelo apagão do dia 3 de novembro, que levou milhares de pessoas a ficarem por dias sem energia elétrica em suas casas e comércios. A confirmação foi feita durante a CPI que investiga o caso na Assembleia Legislativa.

Tal atitude da empresa é o mínimo que as pessoas afetadas pelo problema poderiam esperar - ainda que tenha sido frisado que não há nada em contrato que a obrigue a tomar essa iniciativa – porque toda essa situação causou enormes transtornos. Muitas pessoas tiveram perdas significativas ao longo destes dias, sejam materiais como aparelhos eletrônicos, alimentos e produtos perecíveis, até pessoais como dias de trabalho ou a exposição a diversos tipos de perigos. Algumas localidades chegaram a ficar mais de uma semana no escuro, sem qualquer tipo de resposta da companhia.

Ainda que a Enel não tenha culpa de eventos climáticos extremos – que tendem a aparecer cada vez mais daqui em diante – é ao menos função dela trabalhar de forma preventiva para diminuir a incidência destes casos, além de criar planos para lidar melhor com situações tão graves. E também ressarcir perdas, como é o caso.

Que essa situação sirva de lição para melhorar não apenas o serviço que a empresa presta, mas também para que ela passe a trabalhar no sentido de diminuir as chances de problemas tão sérios. Eliminar em 100% as chances de que tais casos ocorram é utópico, mas fazer um esforço para que eles sejam cada vez menores é bem possível.