Um
dos maiores temores de uma mulher é a calvície e quando ela percebe que há mais
fios de cabelos no ralo do banheiro, nas roupas ou no travesseiro, vem aquela
dúvida se ficará careca ou não. A calvície feminina, também conhecida como
alopecia androgenética, é a mesma que atinge os homens e dados da Sociedade
Brasileira de Dermatologia apontam que aproximadamente 50% das mulheres sofrem
com a calvície.
Segundo o médico Antonio Lui, dermatologista do
hospital Santa Casa de Mauá, os fios de cabelo possuem um ciclo de vida e
quando ele termina, cai para que um novo fio nasça no mesmo folículo. Portanto,
a perda de até 100 fios diariamente é considerada normal.
“Além da queda dos cabelos, a alopecia é marcada
pela mudança da textura dos fios, que ficam mais finos e pela redução do volume
capilar no topo da cabeça. A patologia é de origem genética e mais comum a
partir dos 40 anos, porém pode ter início na puberdade”, explica o médico
Antonio Lui.
A queda de cabelo está ligada à testosterona
(hormônio masculino) no corpo da mulher, a qual é evidenciada na menopausa com
a redução dos hormônios femininos, além de outros fatores como: a falta de
nutrientes, o uso de medicamentos, estresse, excesso de oleosidade, dermatite
seborreica, produtos químicos e as doenças endócrinas e sistêmicas.
Ao perceber a queda e o afinamento dos fios de
cabelo, é importante procurar um dermatologista para um diagnóstico assertivo, já
que é preciso conhecer as causas antes de iniciar o tratamento. Embora não
tenha cura, pode ser tratada se identificada precocemente, pois o tratamento
pode interromper a queda e modificar a espessura dos fios, minimizando o
problema.
Entre as opções de tratamento, há medicamentos via
oral e tópico; estimulantes para o crescimento dos fios; bloqueadores
hormonais; dieta balanceada e rica em nutrientes benéficos para o cabelo, além
de procedimentos cirúrgicos e transplante capilar.
Evitar alguns tipos de anticoncepcionais, de
hormônios anabolizantes masculinos, o estresse e penteados, que puxem muito os
fios, são alguns hábitos que colaboram para a manutenção dos fios.
Ao perceber a queda, a situação pode ser
desesperadora, porém o dermatologista alerta que não existem receitas
milagrosas. Por isso, é preciso redobrar a atenção com os xampus antiquedas,
com os medicamentos sem prescrição médica, com as receitas caseiras que
envolvem chás, pomadas, loções e outras misturas. “Embora pareça tentador, os
efeitos desses produtos podem ser perigosos e, muitas vezes, irreversíveis,
além de causar danos muito piores à saúde”, previne o médico dermatologista
Antonio Lui.
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