Vereadora Cida Maia
O dia 1º de maio é dia de luta de
todas as trabalhadoras e trabalhadores ao redor do mundo. E sua história está
intimamente ligada à reivindicação pela redução da jornada e por melhores
condições de trabalho e salário. Neste sentido, é essencial que todos possam
compreender a condição social das mulheres e sua situação no mercado de
trabalho.
Metade dos lares brasileiros são
chefiados por mulheres. Mesmo assim, quando o assunto é o mercado de trabalho,
as condições das mulheres são bem inferiores às dos homens, visto que mesmo
exercendo cargos iguais, mulheres ainda recebem 22% menos. Neste sentido, é
importante lembrar do Projeto de Lei n° 1.085, sancionado em 2023 pelo
presidente Lula, que garante igualdade salarial e de critérios remuneratórios
entre mulheres e homens que realizam trabalho de igual valor ou no exercício da
mesma função, o texto aumenta em até dez vezes a multa para empresas em que a
mulher receber menos do que o homem exercendo a mesma função.
Um fator que deve ser levado em
consideração é o fato das mulheres serem responsabilizadas pelo cuidado da
casa, dos filhos, doentes e idosos, o que limita suas possibilidades de
aperfeiçoamento profissional e, consequentemente, de contratação e ascensão
profissional. Outra questão que marca a vida profissional das mulheres é que
estas estão em grande número no trabalho informal, com ausência de carteira
assinada, sem proteção social, com trabalho temporário e vítimas das doenças
ocupacionais em virtude do trabalho repetitivo. São milhões de mulheres
excluídas de direitos trabalhistas, com jornadas mais estendidas, além do
acúmulo do trabalho doméstico.
Para que as mulheres possam ter
melhores condições de buscar a igualdade no mercado de trabalho, é
imprescindível garantir investimentos na área social, com creches públicas,
educação, saúde, transporte, proteção social, dentre outras áreas fundamentais
que ampliem as condições para a entrada e permanência das mulheres nas
empresas. E essa luta é de todos que compreendem a importância da garantia de
melhores condições de vida não só para as mulheres, mas para todos.
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