Contra o HPV, o município atinge a cobertura de 98% dos imunizados
desde a primeira campanha, em 2014
O trabalho informativo e de
imunização desenvolvido pela Secretaria de Saúde de Mauá está sendo
desenvolvido em 66 escolas municipais e estaduais e na comunidade, para
estudantes de nove a 19 anos, 11 meses e 29 dias que não foram imunizados
contra o Papilomavírus Humano, ou simplesmente HPV. O propósito é resgatar os
adolescentes não vacinados para que recebam a dose única da vacina contra o
HPV. O HPV é um vírus, como o nome já diz, que infecta a pele ou mucosas (oral,
genital ou anal) e provoca verrugas e câncer, a depender do tipo de vírus, e é
sexualmente transmissível. É uma das principais causas do câncer do colo do
útero.
Para isso, representantes da
Secretaria Municipal de Educação e da Diretoria Regional de Ensino desenvolvem
um trabalho conjunto com a equipe da Divisão de Imunização, que leva
informações técnicas e estatísticas, além de orientações repassadas pela
Vigilância Estadual de Saúde e Ministério da Saúde. Há uma conversa anterior
com diretores e coordenadores das escolas e depois os alunos conversam com os
técnicos da Prefeitura sobre esta vacinação e outras questões que envolvem a
saúde pública.
Hoje, os pesquisadores já sabem
que uma única dose de vacina é suficiente para a imunização e a recomendam
sistematicamente para adolescentes de nove a 14 anos. Em 2014, quando foi
realizada a primeira campanha desta vacinação, era recomendada unicamente para
meninas de 11 a 13 anos e em duas doses. Neste ano de 2024, o Ministério da
Saúde passou a indicar a vacina para imunodeprimidos e vítimas de violência
sexual.
Em 2015, as meninas de 9 a 13
anos e mulheres com até 26 anos vivendo com HIV também passaram a receber a
vacina contra o HPV/aids. O ano de 2016 agregou meninas de 9 a 14 anos, os
meninos de 11 a 14 anos e homens com até 26 anos, vivendo com HIV/aids - além
das mulheres com os mesmos critérios - ao processo de imunização vacinal contra
o Papilomavirus Humano. Em 2018, os grupos foram ampliados com a adesão de
transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea e pacientes oncológicos. Já
2019, trouxe a novidade de ampliar a faixa etária para 45 anos, nas mesmas
condições anteriores. As vítimas de violência sexual de nove a 45 anos passaram
a receber a dose de imunização a partir de 2023.
Em Mauá, a cobertura vacinal
desde 2014, época da primeira campanha, demonstrava uma boa margem de pessoas
imunizadas na faixa dos 18 e 19 anos e baixa entre nove e 17 anos. A baixa
adesão foi creditada aos boatos e desinformação sistemática que promoviam um medo
contra a vacina, desprezando os anos de eficiência e reconhecimento do programa
de imunização brasileiro. Atualmente, observa-se que as novas campanhas a favor
da vacinação têm impactado positivamente na cobertura vacinal. Exemplo é o fato
de que, antes, não chegava a 50% a cobertura entre nove e 19 anos. Agora, este
número é de 67%, com expectativa de aumento.
Considerando a evolução da idade
e cobertura ao longo do período de 10 anos, chega-se ao dado de que, hoje,
aqueles jovens imunizados desde 2014 contra o HPV correspondem a 5.699 pessoas
com 18 anos, ou seja, 98% de um total de 5.782 indivíduos. Apenas 113 jovens
não se imunizaram neste grupo. Os parâmetros se baseiam nos Censos do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Credita-se este significativo
alcance à adesão de pessoas que entendem a vacina como importante instrumento
de proteção à saúde.
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