Mauá fortalece campanhas informativas e vacinação para estudantes

Por Portal Opinião Pública 07/05/2024 - 15:59 hs
Foto: Evandro Oliveira-PMM / Divulgação

Contra o HPV, o município atinge a cobertura de 98% dos imunizados desde a primeira campanha, em 2014

O trabalho informativo e de imunização desenvolvido pela Secretaria de Saúde de Mauá está sendo desenvolvido em 66 escolas municipais e estaduais e na comunidade, para estudantes de nove a 19 anos, 11 meses e 29 dias que não foram imunizados contra o Papilomavírus Humano, ou simplesmente HPV. O propósito é resgatar os adolescentes não vacinados para que recebam a dose única da vacina contra o HPV. O HPV é um vírus, como o nome já diz, que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) e provoca verrugas e câncer, a depender do tipo de vírus, e é sexualmente transmissível. É uma das principais causas do câncer do colo do útero.

Para isso, representantes da Secretaria Municipal de Educação e da Diretoria Regional de Ensino desenvolvem um trabalho conjunto com a equipe da Divisão de Imunização, que leva informações técnicas e estatísticas, além de orientações repassadas pela Vigilância Estadual de Saúde e Ministério da Saúde. Há uma conversa anterior com diretores e coordenadores das escolas e depois os alunos conversam com os técnicos da Prefeitura sobre esta vacinação e outras questões que envolvem a saúde pública.

Hoje, os pesquisadores já sabem que uma única dose de vacina é suficiente para a imunização e a recomendam sistematicamente para adolescentes de nove a 14 anos. Em 2014, quando foi realizada a primeira campanha desta vacinação, era recomendada unicamente para meninas de 11 a 13 anos e em duas doses. Neste ano de 2024, o Ministério da Saúde passou a indicar a vacina para imunodeprimidos e vítimas de violência sexual.

Em 2015, as meninas de 9 a 13 anos e mulheres com até 26 anos vivendo com HIV também passaram a receber a vacina contra o HPV/aids. O ano de 2016 agregou meninas de 9 a 14 anos, os meninos de 11 a 14 anos e homens com até 26 anos, vivendo com HIV/aids - além das mulheres com os mesmos critérios - ao processo de imunização vacinal contra o Papilomavirus Humano. Em 2018, os grupos foram ampliados com a adesão de transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea e pacientes oncológicos. Já 2019, trouxe a novidade de ampliar a faixa etária para 45 anos, nas mesmas condições anteriores. As vítimas de violência sexual de nove a 45 anos passaram a receber a dose de imunização a partir de 2023.

Em Mauá, a cobertura vacinal desde 2014, época da primeira campanha, demonstrava uma boa margem de pessoas imunizadas na faixa dos 18 e 19 anos e baixa entre nove e 17 anos. A baixa adesão foi creditada aos boatos e desinformação sistemática que promoviam um medo contra a vacina, desprezando os anos de eficiência e reconhecimento do programa de imunização brasileiro. Atualmente, observa-se que as novas campanhas a favor da vacinação têm impactado positivamente na cobertura vacinal. Exemplo é o fato de que, antes, não chegava a 50% a cobertura entre nove e 19 anos. Agora, este número é de 67%, com expectativa de aumento.

Considerando a evolução da idade e cobertura ao longo do período de 10 anos, chega-se ao dado de que, hoje, aqueles jovens imunizados desde 2014 contra o HPV correspondem a 5.699 pessoas com 18 anos, ou seja, 98% de um total de 5.782 indivíduos. Apenas 113 jovens não se imunizaram neste grupo. Os parâmetros se baseiam nos Censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Credita-se este significativo alcance à adesão de pessoas que entendem a vacina como importante instrumento de proteção à saúde.