Rio Grande do Sul – as mudanças climáticas

Por Portal Opinião Pública 16/05/2024 - 10:41 hs
Foto: Divulgação

Olivier Negri Filho

Infelizmente, nos últimos dois anos, vimos as notícias negativas relacionadas a este estado, que sempre foi ressaltado como um lugar muito favorável para se viver, considerando o clima, a cultura, o agronegócio, a educação..., sendo o 5º estado da federação em qualidade de vida.

Ano passado enfrentou vários períodos de seca extrema, logo depois as tempestades com inundações, deslizamentos de terra e, consequentemente, levando a prejuízos bilionários e ao irreparável número de pessoas que se foram.

Temos dois fatores que contribuem para o ‘desastre perfeito’: o aquecimento global e a despreocupação do poder público em prevenir tais acontecimentos. Ambos frutos do negacionismo altamente enfatizado na mídia e nas demais redes sociais, sempre levando à discussão - tão importante – para o campo político eleitoral, na polarização da extrema-direita contra os demais segmentos ideológicos. Uma simples pesquisa ao site do TCU (Tribunal de Contas da União) comprova que os investimentos em prevenção de desastres no Rio Grande do Sul passaram de 28,8 milhões (2016) para 3,1 milhões (2023), uma queda drástica.

Sabemos que tudo na vida é uma questão de escolhas e, um poder público sério precisa avaliar os danos que causamos nas nossas florestas com o péssimo manejo das áreas devastadas, para combater com a força da lei e com multas altas, assim irá desestimular o vandalismo praticado contra a natureza e que nos atinge diretamente.

Quer pelo clima – que interfere na produção agrícola e pecuária – quer pela falta de uma gestão governamental, o que não se pode aceitar é a perda de vidas. Isso sim é irreparável, famílias devastadas pela perda de entes queridos, que precisarão começar de novo e, de novo e, de novo... até que os envolvidos tomem consciência da importância da prevenção e da consciência ambiental.  

Temos uma solução apenas, respeitar a natureza e, lógico, a educação é fundamental para que isso aconteça. Toda mudança começa nos bancos escolares.

Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”  (Paulo Freire)