A advogada Laís Fernanda Araújo Silva, morta aos 30 anos durante um assalto em Goiânia no mês de maio, recebeu nesta sexta-feira (29) o título póstumo de mestra em tecnologia de processos sustentáveis. A dissertação dela, que já estava finalizada, foi apresentada por um amigo, no Instituto Federal de Goiás (IFG).
Além da formação em direito, Laís também já havia concluído o curso técnico em saneamento ambiental pelo IFG. A dissertação “Índices indicadores socioeconômicos, científicos e tecnológicos como parâmetros para modelo de previsão” demorou dois anos e meio para ser finalizada.
O orientador dela, Wesley Pacheco Calixto, participou via videoconferência do Canadá e se emocionou ao falar da aluna. “Ela teve um pouco de dificuldade em conciliar as áreas do direito e de saneamento básico, mas conseguiu. Ela era mais que uma aluna. [Era] uma filha, uma amiga”, disse Calixto.
O docente está no Canadá para um pós-doutorado. “É muito difícil esse momento. Deixo aqui uma frase que a representava: ‘Quando se está inspirado em um propósito, todos os pensamentos rompem limites’.”
Após a apresentação, o trabalho foi avaliado pela banca e aprovado. Em seguida, os pais dela, João Carlos da Silva e Odete Mary Ferreira de Araújo, bastante emocionados, receberam o diploma de mestrado da filha, uma placa e flores. Eles não quiseram falar com a imprensa.
Antes de fazer a entrega do diploma, o reitor do IFG, Jerônimo Rodrigues da Silva, elogiou o trabalho de Laís enquanto acadêmica e afirmou que sua obra ficará para a posteridade.
“A história de Laís, vista por colegas e professores, tem exemplos de amizade, competência, carinho e respeito. Nessa rápida história, as marcas ficarão para sempre”, pontuou.
Histórico
A advogada foi morta a tiros enquanto tentava estacionar o carro no setor Alto da Glória, em Goiânia, no dia 10 de maio. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que suspeitos do crime entravam em um carro após os tiros.
Quatro pessoas foram detidas, dois adolescentes de 14 e 16 anos, uma mulher e um homem. O mais novo deles, adolescente contou à Polícia Militar que atirou na vítima durante a abordagem.
“Estava dando uma volta para ver se achávamos uma vítima. Vimos o carro dela, pensamos que tinha uma mulher e um homem. Eu passei do lado dela e ela continuou mexendo no celular. Voltamos e eu já enquadrei ela, peguei a maçaneta, abri a porta, ela assustou e eu efetuei o disparo”, disse.
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