Câmara de Mauá aprova projetos de lei do Executivo que visam desafogar situação financeira da cidade

Por Portal Opinião Pública 27/03/2025 - 09:45 hs
Foto: Jornal Opinião Pública
Câmara de Mauá aprova projetos de lei do Executivo que visam desafogar situação financeira da cidade
Vereadores de Mauá validaram por unanimidade os três projetos enviados pelo Executivo mauaense

Os vereadores da Câmara Municipal de Mauá aprovaram, nesta terça-feira (25), três projetos de lei complementares enviados pelo prefeito Marcelo Oliveira (PT). As matérias, validadas de forma unânime pelos parlamentares, visam desafogar a situação financeira do município.

Os documentos haviam sido enviados para a Casa de Leis no último dia 18 de março e passaram por uma análise dos vereadores ao longo da semana. No primeiro, o PL 03/2025, a administração municipal projeta novas maneiras de negociação das dívidas junto a credores, como a “quitação de débitos parcelados ou débitos inscritos em dívida ativa do município, inclusive em transação resolutiva de litígio”; a “compra de imóveis públicos de propriedade do município disponibilizados para venda”; ou o “pagamento de outorga de delegações de serviços públicos e demais espécies de concessão negocial promovidas pela municipalidade”.

Na proposta 04/2025, a gestão mauaense visa o “aprimoramento da funcionalidade da Câmara de Conciliação Tributária, de acordo com os resultados obtidos na primeira conciliação realizada em 2024”.

Já a matéria 05/2025, propõe a alteração de alguns dispositivos da Lei Complementar 21/2014. Um deles seria a possibilidade de averbação da Certidão de Dívida Ativa, ferramenta utilizada pelo Poder Público para buscar créditos tributários, focando a busca em contribuintes que possuam grandes débitos com a municipalidade.

As três propostas serão votadas novamente na sessão ordinária da Câmara Municipal na próxima terça-feira (1º de abril). A tendência é de que as matérias sejam novamente aprovadas pelos parlamentares, seguindo posteriormente para sanção do Executivo mauaense. 

Pagamento de precatórios é debatido por prefeitos 

Nesta segunda-feira (24), Oliveira participou de uma reunião do CDRMSP (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo), ao lado do prefeito da capital e dos chefes dos Executivos das outras 38 cidades que compõem a região metropolitana do estado, justamente para debater o pagamento de precatórios pelas prefeituras. De acordo com o petista, a sua administração dispõe, atualmente, 5,58% de sua receita líquida ao pagamento de precatórios, o que representa cerca de R$ 70 milhões anuais. O prefeito de Mauá ainda ressaltou que a dívida aumentou significativamente durante a gestão de seu antecessor, o ex-prefeito e atual deputado estadual, Atila Jacomussi (União Brasil), passando de R$ 200 milhões para R$ 380 milhões entre 2017 e 2020, devido a um “calote nos precatórios e no pagamento de fornecedores”.

Oliveira destacou ainda que, em busca de uma solução para o tema, os prefeitos da região estariam planejando uma visita à Brasília para discutir com deputados a possível criação de um teto para o pagamento de precatórios nos municípios brasileiros. O objetivo é evitar o comprometimento excessivo do orçamento municipal e garantir equilíbrio financeiro para as prefeituras.

"Precisamos encontrar um equilíbrio. O pagamento de precatórios não pode inviabilizar a prestação de serviços essenciais à população. Nossa intenção é dialogar com o governo federal e o Congresso Nacional para que possamos estabelecer um teto que permita um planejamento mais eficiente das contas públicas", afirmou o prefeito Marcelo Oliveira na oportunidade.