ninguém cresce na facilidade. eu
sei, soa clichê, mas é verdade. é a velha história do diamante e do grafite.
feitos do mesmo material, da mesma essência. o que os separa? a pressão. o
diamante só existe porque suportou o peso do tempo, o calor sufocante, a
transformação inevitável. sem isso, seria apenas um pedaço de grafite, frágil,
quebradiço, condenado a se desgastar aos poucos. e com a gente não é diferente.
a dor esculpe, as dificuldades
moldam, os dias difíceis lapidam. a vida não pergunta se estamos prontos, ela
simplesmente nos joga no fogo e espera que a gente se torne mais forte. e, no
meio do processo, a gente sofre, reclama, quer desistir. acha que não vai dar
conta, que não vai passar. mas passa. sempre passa. e, quando olhamos para
trás, percebemos que foi justamente ali, no aperto, na queda, no quase, que nos
tornamos quem somos.
só que, na hora, ninguém gosta de
ouvir isso. ninguém quer ser lembrado de que “vai aprender com isso”, que “lá
na frente vai fazer sentido”. porque, quando a gente tá no meio do furacão,
tudo que quer é um pouco de paz. mas a verdade é que a paz nunca vem da
facilidade. ela vem depois, quando a gente percebe que sobreviveu. que aquilo
que parecia insuportável virou só mais uma cicatriz no caminho.
ninguém escolhe o sofrimento, mas
também ninguém se transforma sem ele. porque crescer dói, mudar cansa, evoluir
exige. mas, no fim, é isso que nos diferencia. a pressão pode esmagar ou
fortalecer. pode nos reduzir a pó ou nos tornar inquebráveis. a escolha nunca
foi sobre evitar a dor, mas sobre o que fazemos com ela.
e olha que ironia: depois que
passa, a gente até sente orgulho. do que aguentou, do que superou, de quem
virou. então talvez a pergunta não seja “por que isso tá acontecendo comigo?”,
mas “o que eu posso tirar disso?”. porque, no fim, ninguém quer ser só grafite.
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