Manter a autonomia e a capacidade
de realizar as tarefas do dia a dia é um desejo em qualquer fase da vida. No
entanto, em pessoas idosas, esse cuidado ganha mais relevância, já que as
quedas dentro de casa estão entre as principais causas de atendimentos médicos
a idosos.
Muitas vezes, esses acidentes são
atribuídos aos pisos escorregadios ou aos tapetes. Especialistas do Hospital
Santa Casa de Mauá destacam que a origem costuma ser multifatorial, envolvendo
alterações ortopédicas, musculares ou visuais, que somadas elevam o risco de
quedas e suas consequências.
De acordo com o Estudo
Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), 25% dos idosos que
vivem em áreas urbanas sofrem quedas anualmente. Uma pesquisa publicada na
Scientific Electronic Library Online (SciELO) mostra que mais de 50% dos idosos
com disfunção vestibular crônica tiveram pelo menos uma queda no último ano. E
um estudo no JAMA Ophthalmology revelou que algumas doenças oculares também
aumentam o risco de quedas e fraturas.
Para o ortopedista Marcelo Ruck,
o enfraquecimento dos músculos e ossos é um dos principais fatores de risco. “A
perda de massa muscular, as doenças articulares como a artrose e os problemas
na marcha aumentam a chance de tropeços. No caso da osteoporose, o impacto é
ainda maior, pois uma queda aparentemente simples pode resultar em fraturas
graves”, explica.
A perda muscular se acelera a
partir dos 40 anos, sendo mais intensa em mulheres após a menopausa e pode ser
agravada pelo sedentarismo, má alimentação, tabagismo, alcoolismo, internações
prolongadas e até doenças inflamatórias ou infecciosas.
De acordo com o médico, uma forma
de prevenir e minimizar os danos são com exercícios regulares de musculação;
alimentação balanceada rica em proteínas; hidratação adequada, sono de
qualidade e suplementação quando indicada.
Outro ponto de atenção é o
sistema vestibular. O otorrinolaringologista Thiago Brunelli lembra que
distúrbios de equilíbrio também estão entre as causas das quedas. “A vertigem
posicional paroxística benigna (VPPB) é bastante frequente nos idosos e provoca
tontura ao mudar a posição da cabeça. Já a doença de Ménière pode desencadear
crises de vertigem com perda auditiva e zumbido. Até mesmo a hipoacusia (perda
de audição) reduz a percepção espacial e aumenta a insegurança ao andar”,
detalha.
Além dessas condições, infecções
no labirinto, efeitos colaterais de medicamentos e alterações neurológicas
também comprometem o equilíbrio. “Sem diagnóstico e tratamento adequados, a
autonomia do paciente fica comprometida. Consultas regulares são essenciais
para prevenir acidentes”, reforça Brunelli.
A visão também exerce papel
fundamental no equilíbrio. O oftalmologista Fernando Naves alerta que muitas
quedas estão relacionadas às doenças oculares silenciosas. “Catarata, glaucoma,
degeneração macular e retinopatia diabética comprometem a percepção de
obstáculos, a noção de profundidade e a capacidade de enxergar detalhes. Até
mesmo óculos desatualizados podem fazer diferença no dia a dia”, observa.
A catarata causa visão embaçada,
dificuldade para enxergar à noite, alterações na percepção de cores e
sensibilidade à luz, surgindo geralmente a partir dos 45 anos. Já a degeneração
macular relacionada à idade (DMRI) – mais comum após os 60 anos - afeta a área
central da retina e os sintomas incluem dificuldade para ler, perda de detalhes
e maior presença de pontos cegos.
Outras doenças, como o glaucoma,
provocam aumento da pressão intraocular e danos ao nervo óptico, muitas vezes
de forma silenciosa. Os sinais de alerta incluem borrões na visão e tropeços
frequentes.
Adaptar os ambientes domésticos,
manter hábitos saudáveis e realizar consultas médicas periódicas são medidas
fundamentais para reduzir o risco de quedas e garantir mais segurança aos
idosos.
O Hospital Santa Casa de Mauá
oferece atendimento especializado nas áreas de ortopedia, otorrinolaringologia
e oftalmologia. A unidade está localizada na Avenida Dom José Gaspar, 1.374 -
Vila Assis, Mauá. Telefone: (11) 2198-8300.
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