Em entrevista ao Jornal Opinião Pública, prefeito Marcelo Oliveira avalia início de seu segundo mandato em Mauá
Completando o primeiro ano de seu segundo mandato à frente da Prefeitura de Mauá, o prefeito Marcelo Oliveira (PT) recebeu o Jornal Opinião Pública, na última quinta-feira (11), para uma entrevista exclusiva, onde ele faz uma análise sobre 2025, em relação a desafios administrativos e conquistas para a cidade, e também compartilha suas perspectivas de avanço para o município no próximo ano.
Jornal Opinião Pública - Qual o balanço que o senhor faz em relação as conquistas para a cidade no ano e também sobre as dificuldades enfrentadas ao longo de 2025?
Marcelo Oliveira -
Olha, o primeiro ano do segundo mandato tem alguns desafios que são um pouco
parecidos com o primeiro ano do primeiro mandato, que é a questão de elaborar o
Plano Plurianual, que é uma obrigação das prefeituras para organizar os 4
anos. Nós tivemos que fazer toda a organização de debates com a sociedade,
as plenárias nos bairros, junto à Câmara Municipal, ouvir e preparar a cidade.
É claro que já tínhamos realizado um programa importante, que se chama a ‘Década
da Transformação’ entre 2023 a 2033, sobre o que estamos pensando para a cidade
daqui 10 anos, e isso nos ajudou muito. O segundo desafio é que você prepara o
segundo mandato financeiramente, para poder tocar os outros 3 anos.
Agora, a cidade continuou avançando. Continuamos asfaltando
ruas, demos a ordem de serviço para a construção do novo terminal de ônibus do Itapark,
tivemos a ordem de serviço para a construção da quinta UPA, no Jardim Santa
Lídia, a reforma da UPA da Vila Magini, a reforma do CRAS do Jardim Primavera,
a reforma do Parque da Juventude, de algumas quadras e também o Espaço da Família,
alguns muros de contenção que também estão sendo feitos, estamos para anunciar
as reformas das UBSs, começamos a mexer na UBS do Jardim Paranavaí, além do
nosso Natal Solidário, a qualificação profissional com a Casa de Cursos, que
foi fantástico, tem feito sucesso e ajudado o nosso povo a voltar para o
mercado de trabalho ou mesmo se tornar empreendedor.
E tem os prêmios que recebemos nos programas, como o ‘Defesa
Civil Mirim’, que recebemos através do ‘Periferia Viva’. Outro que recebemos no
dia de hoje (quinta-feira, 11 de dezembro, data da entrevista), de um programa
de combate à violência contra as mulheres, entregue pelo presidente do Tribunal
de Justiça. Foram 70 projetos apresentados e ficamos com o segundo lugar. Também
conseguimos o CAPAG B+, que é a capacidade de pagamento, quando a prefeitura
está com as contas mais ajustadas. Recebemos mais porque, no Governo Federal
estamos com o duplo A, que é transparência contábil e financeira da cidade.
2025 foi muito bom e em 2026 nós esperamos entregar as obras que começamos e iniciar outras, como a Policlínica, o Instituto Federal, mais duas escolas, postos de saúde, mais asfaltamento de ruas.
JOP - Um dos pontos que sempre tocamos é em relação às dívidas da cidade. Em entrevistas anteriores, o senhor sempre frisou que um dos objetivos de sua administração era estabilizá-las para que Mauá ganhasse fôlego. Terminando agora seu quinto ano à frente da Prefeitura, como o senhor avalia a situação de Mauá neste quesito?
MO – Olha, sobre a questão financeira eu faço parte da frente nacional de prefeitos, que é um coletivo de prefeitos do Brasil que dialoga sobre vários temas. Também estamos no Conselho Metropolitano de São Paulo, composto pelas 39 cidades (da região metropolitana) e no Consórcio Intermunicipal, que são as 7 do Grande ABC. E nós vemos o desafio de todas as cidades, financeiramente. É algo delicado porque o custeio vai aumentando muito mais rápido do que a arrecadação e isso torna-se um desafio muito grande. Em Mauá isso não é diferente. Temos avançado e melhorado, estamos trabalhando para poder ajustar as contas, fechamos os 4 anos no azul e estamos indo para o quinto ano, espero que esse consigamos fechar também. Tivemos ajuda do Governo Federal, tivemos um pouco de ajuda do Governo do Estado e nós estamos trabalhando em medidas para que possamos, cada vez mais, tocar a cidade e que o recurso que venha nos ajude a realizar uma parte (do que está planejado), porque ainda temos que pagar custeios de programas.
JOP – Neste ano tivemos a inauguração do Terminal Central, agora reformado e com um shopping em sua estrutura. Qual foi o impacto que essa obra trouxe para a cidade?
MO - O Terminal
de ônibus é um marco do nosso governo, uma transformação no centro da cidade.
Quando não tinha o terminal, chovia mais dentro do que fora, era um negócio
terrível descer da estação de trem, era algo ultrapassado. Hoje nós temos um
terminal moderno, que gera empregos, gera renda, é um terminal bonito e tenho certeza
que é um marco do nosso governo. Agora, é claro que tem alguns desafios e é um
debate que sempre temos feito. Não sou de fugir de debate. Quando você faz
uma mudança, uma ação, tem uma reação. Então, as pessoas saíam do ônibus e iam
direto para a estação de trem, ou da estação direto para o terminal. E quando
você tem um sistema em que vai subir escada, seja rolante ou não, as pessoas
também tiveram suas reações de criticar, de mandar sugestões e com tempo as
coisas vão se ajustando. Acreditamos que o comércio lá terá um movimento
maior, que aos poucos vai se ampliando. Temos feito algumas mudanças. A
população pediu para instalar catracas para as pessoas que têm mobilidade
reduzida, temos os elevadores, a escada rolante quando está movimentando de
manhã, ela só desce e a tarde ela só sobe... vamos adaptando, porque é um
diálogo que precisamos ter entre nós, prefeitura, a empresa de ônibus e também
os responsáveis pelo shopping.
E não foi só o terminal do centro. Fizemos o terminal do Itapeva e também estamos fazendo o do Itapark, que vai ajudar no transporte coletivo de Mauá.
JOP – E podemos esperar novas intervenções no local, principalmente na parte que fica abaixo do Boulevard?
MO - Nós estamos olhando para poder ver como podemos revitalizar aquele espaço também. Estamos com a Secretaria de Obras, junto com a empresa para ver o que podemos fazer.
JOP - Aproveitando que estamos no fim de ano e em um período onde as chuvas se intensificam, como estão as obras de prevenção a enchentes na cidade?
MO - Estamos limpando o piscinão aqui do lado, limpando bueiros, capinando nas cercanias dos córregos, a obra da entrada da cidade era para estar pronta, mas infelizmente atrasou um repasse do Governo do Estado, que chegou recentemente e nós vamos retomar as obras, porém não vai dar tempo de terminá-la antes do início da época de chuvas, mas vai ser muito importante para nós. Vamos trabalhar na entrada do Jardim Zaíra também, já fizemos uma parte do desvio da água na Avenida Rosa Fioravanti, do Tamanduateí, que será importante e vai nos ajudar nessa questão. Fizemos todo o mapeamento de risco das áreas da cidade e algumas intervenções estão sendo feitas. O Governo Federal está mandando recursos do PAC para nós e estamos licitando obras para fazer uma escada hidráulica no Jardim Zaíra, para ajudar no escoamento da água na parte mais crítica. E na questão da Defesa Civil, colocamos os pluviômetros, instalamos as sirenes, fizemos dois simulados importantíssimos com todas as equipes integradas, desde a Polícia Civil, a Militar, os bombeiros, a nossa Secretaria de Defesa Civil, temos a Cofipe, que é uma entidade junto às empresas, para que possamos orientar as pessoas e se acontecer algum risco, avisar antes, e a formação do povo. Isso tem ajudado para que possamos trabalhar na prevenção.
JOP – Prefeito, um tema que sempre é debatido é a estadualização do Hospital Nardini. O senhor tem mantido contato com o Governo Estadual sobre esse assunto? Há expectativa de que essa estadualização possa sair do papel?
MO - Deixa eu
dizer, até para a população compreender. Nós não estamos pedindo para
estadualizar o Nardini, estamos pedindo a construção de um hospital de
referência para a nossa região. Se ele for construído em Mauá, ótimo, se for
construído em Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, para nós não importa. Mas que
seja aqui na nossa microrregião, porque Santo André já tem o Mário Covas,
Diadema tem o Serraria, e fazendo aqui para a nossa região, vai ajudar a desafogar
o Nardini. Eu tenho falado que ele foi inaugurado em 1986, já há quase 40 anos
e naquela época nós tínhamos 200 mil habitantes. Hoje temos quase 500 mil, atendemos
Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, acidentes no Rodoanel, uma parte da Zona
Leste... temos 20% do povo que atendemos que não é de Mauá, mas o custeio fica
para a cidade. O Nardini está custando para nós em torno de R$ 13, R$ 14
milhões (mensais), e desse recurso, o Governo Estadual repassa R$ 1,5 milhão para
nós, o Governo Federal tem repassado todo ano R$ 45 milhões para o custeio da média
e alta complexidade. O Nardini melhorou o atendimento, temos profissionais
muito bons. Agora, o desafio do Nardini é que o tamanho dele já não comporta
mais a quantidade de habitantes e a Prefeitura não tem a capacidade de
conseguir financiar esse custeio. Por isso o pedido para o governo do estado
(pela construção de um novo hospital).
Conversamos no Consórcio e esse pedido está saindo para o governo do estado e já tem um pedido para dialogar sobre terreno para apresentar com mais dados. E ano que vem vamos aprofundar esse diálogo.
JOP - Para encerrar, qual o recado que o senhor deixa para a população de Mauá?
MO - Primeiramente
eu quero agradecer a Deus pela oportunidade de poder governar a cidade, a todas
as pessoas que têm trabalhado por Mauá e dado força para que possamos continuar
trabalhando e acertando nas decisões. Quero desejar a todos um Feliz Natal e um
próspero Ano Novo, com muita paz, muita alegria e muita esperança, para termos
um 2026 melhor do que foi o 2025. A palavra que eu tenho dito todos os dias é
gratidão, por tudo o que o nosso povo tem feito, mandando sugestões para nós,
apresentando críticas para que possamos melhorar. Essa participação tem ajudado
muito e nós vamos precisar ainda mais do nosso povo, porque ainda temos muitos
desafios pela frente. Conseguimos ajustar a questão das finanças, as obras
estão acontecendo, temos programas para cuidar das pessoas, mas precisamos
avançar em outros temas, como a zeladoria da cidade e para isso precisamos da
participação do povo, que tem ajudado bastante. Estamos trabalhando para fazer
a nossa parte e para que possamos caminhar juntos.




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