O empresário Ronaldo Pedrosa é mais um nome que deve engrossar a lista de pré-candidatos a Prefeitura de Mauá nas eleições de 2020. Filiado ao PP (Partido Progressista) e apoiado pelo deputado estadual e seu amigo pessoal, Delegado Antonio Olim (PP), Pedrosa tem emergido como uma das lideranças da sigla na cidade e deverá ser um dos nomes fortes da legenda no pleito do próximo ano.

Natural de Nazarezinho, na Paraíba, Pedrosa vive em Mauá há pouco mais de 30 anos e começou sua carreira profissional na cidade como metalúrgico. Desde então, ele somente cresceu, conseguindo se estabelecer no ramo de segurança e conquistando a confiança e o respeito de seus pares. Tanto é que, atualmente, ele é o vice-presidente do Polo Industrial Acibam, condomínio empresarial muito importante para a cidade.

Entre suas principais ideias, estão o estímulo para que novas empresas cheguem e se instalem em Mauá, gerando assim mais empregos para a população mauaense, e a busca por melhorias na saúde da cidade. Recentemente, inclusive, Pedrosa visitou o gabinete do Delegado Olim, na Assembleia Legislativa do Estado, para discutir as possibilidades de melhorias para a área e sobre uma possível estadualização do Hospital de Clínicas Radamés Nardini.

Em entrevista ao Jornal Opinião Pública, o empresário conta um pouco dos seus planos para a pré-candidatura à Prefeitura de Mauá e o que pretende fazer pela cidade, caso seja eleito. 

Jornal Opinião Pública – Ronaldo, você confirma que será pré-candidato a prefeito de Mauá? 

Ronaldo Pedrosa – Tive alguns convites de empresários da cidade e de alguns munícipes que me veem como uma novidade e isso nos tem motivado a trabalhar para criar uma chapa pensando nessa pré-candidatura. Hoje vemos que Mauá é administrada por partidos das antigas, mas a população tem demonstrado que quer pessoas novas, pessoas comprometidas e vejo que estou preparado. A nossa vontade no futuro é trabalhar em prol da cidade. 

JOP – E como você enxerga todo o cenário político mauaense, de uma forma geral, após os episódios recentes envolvendo o impeachment do ex-prefeito Atila Jacomussi que levou à hoje prefeita Dona Alaíde a assumir o cargo? 

RP – O cenário político de Mauá, com o desgaste que o ex-prefeito Atila trouxe para a cidade, fez com que o povo ficasse decepcionado. E uma vez que a Dona Alaíde assumiu, nós vemos que ela tem se esforçado, mas sabemos que não é fácil. É difícil governar Mauá, que tem um passivo muito grande, junto a alguns fornecedores. 

JOP – O que você acredita poder oferecer para a cidade como pré-candidato? 

RP – Nosso conhecimento como empresário, como empreendedor na cidade. Não sou político, sou empresário. Acredito que estamos preparados para oferecer algo melhor a Mauá, para administrar a cidade com mais responsabilidade, enxugando a máquina do município. 

JOP – Então o fato de não ser político, em sua concepção, é benéfico? 

RP – Vejo como uma grande oportunidade para Mauá o fato de não ser político, porque não temos vícios. Temos condições, capacidade e responsabilidade para administrar Mauá. Vejo como um grande benefício para a cidade, para motivar os empresários e empreendedores e até para atrair mais investimentos. 

JOP – Quais são as principais demandas da população mauaense em sua opinião? 

RP – Uma das principais demandas de Mauá hoje é com relação a saúde. É preciso melhorar essa área para nossos munícipes, fazendo com que sintam orgulho de Mauá. E também o transporte público. Uma coisa que é preocupante é que Mauá possui uma única empresa para fazer o transporte na cidade e ela não faz um trabalho como deveria ser feito. É preciso dividir isso em lotes e ter mais empresas prestando esse serviço. Ouvimos muitas reclamações da população, de pessoas que ficam esperando pelos ônibus por cerca de 40 minutos nos pontos. E isso tem sido explorado pelos motoristas de aplicativo. Hoje, quando o trabalhador precisa ir até o centro da cidade, ele simplesmente liga para o motorista de aplicativo, porque o desgaste é menor do que pegar o transporte público. 

JOP – E em termos de investimentos para a geração de empregos na cidade, que é uma das pautas que você mais aborda, o que falta a Mauá? 

RP – No início de 2000,foi fundado o Polo Industrial da Acibam e estou lá desde o início. E muitas empresas vieram de outras regiões de São Paulo para se instalar em Mauá. Mas muitos desses empresários nunca viram o prefeito da cidade. É preciso apoiar o empresário, o empreendedor que gera renda para o município. Nossa vontade sempre foi de que fossem geradas vagas para a população local, mas nunca existiu apoio do Poder Público para convencer que mais empresários viessem para gerar emprego para o nosso povo. E nós pagamos a conta hoje com uma quantidade alta de desempregados. 

JOP – Pra finalizar, como você avalia seus possíveis adversários para a disputa eleitoral de 2020? 

RP – Temos acompanhado por aí que a atual prefeita Dona Alaíde deve vir para reeleição, que o presidente da Câmara (Neycar) tem montado um time para disputar as eleições, que o grupo do (Wagner) Rubinelli já está se movimentando. E nós queremos fazer parte (dessa disputa) através de convites e oportunidades e temos grandes chances de vir no majoritário. Tenho um amigo, um padrinho que tem me motivado, que é o deputado Delegado Olim, para quem trabalhei em 2018 e ele foi muito bem votado. Ele sempre tem me falado que tenho potencial, que o Partido Progressista quer montar um bom time em Mauá e que podemos colher bons frutos.