Defensor da causa animal, candidato a vereador Rogério Lopes fala sobre suas propostas

Por Portal Opinião Pública 05/11/2020 - 10:12 hs
Foto: Divulgação
Defensor da causa animal, candidato a vereador Rogério Lopes fala sobre suas propostas
Conhecido protetor em Mauá, Rogério Lopes falou sobre suas plataformas visando o bem estar animal

Candidato a vereador pelo Avante, o ex-gerente de Zoonoses de Mauá, Cláudio Rogério Lopes, mais conhecido na cidade apenas como Rogério Lopes, é um dos principais nomes entre os defensores da causa animal na cidade. Natural do município, o candidato de 49 anos é casado, pai de três filhos e tem, ao longo dos anos de seu trabalho como comerciante – teve uma clínica veterinária e pet shop por 25 anos – e na gerência de zoonoses, entre 2005 e 2009 e 2017 e 2020, um histórico de ações importantes para o setor. Destacam-se, entre eles o programa “Me Leva pra Casa", que consistia em um book pela internet com os cães do Centro de Zoonoses para adoção, e a “Expo Zoonoses”, projeto educacional que passava informações sobre zoonoses para idosos, jovens e crianças.

E durante sua campanha neste, a preocupação com a causa animal segue latente. Rogério Lopes se apresenta como um dos poucos protetores que se candidataram a uma vaga no Legislativo que se preocupa com uma estrutura maior para os animais na cidade. Seu intuito é revolucionar a área e dar um maior amparo, tanto legal quanto de saúde, a todos os animais não apenas em Mauá, mas em todo o ABC. Atualmente ele conta com o apoio integral do Consórcio Intermunicipal Grande ABC para trazer um hospital público veterinário para a região e que seria instalado no município.

Além disso, o candidato possui outros projetos para o setor, como a criação de um efetivo especializado em conjunto com a Polícia Civil para alavancar ações e investigações de maus-tratos; o apoio a empresas em ONGs que queiram se instalar na cidade e que ofereçam lares temporários, com subsídios e subvenções municipais e estaduais de acordo com as leis de proteção aos animais em relação a espaço e alimentação; a elaboração de leis que permitam o uso de drones para comprovação de maus-tratos e crimes ambientais; a instalação de placas de advertência sobre maus-tratos na entrada e na saída da cidade bem como a cada 5 km no Rodoanel; e a obrigatoriedade de toda a rede de ensino municipal abordar a temática do bem-estar animal na grade fixa curricular, como forma de ensinar às crianças o respeito e os direitos dos animais, sejam eles domésticos, domesticados, silvestres ou selvagens.

Em entrevista ao Jornal Opinião Pública, Rogério Lopes falou um pouco mais sobre essas propostas e como conduziria sua atuação na Câmara, caso eleito. 

Jornal Opinião Pública - Qual sua motivação para participar da corrida eleitoral buscando uma das 23 vagas disponíveis no Legislativo mauaense? 

Rogério Lopes – A minha motivação é a causa animal, que não deixa de ser social. Uma vez que dados comprovam que na questão de maus-tratos a animais há uma graduação por vulnerabilidade. Primeiro a pessoa maltrata um animal, depois promove a pedofilia com uma criança e na sequência um abuso sexual a uma mulher. Pronto, ele está graduado para ser um risco a sociedade de forma geral. Se levarmos em consideração que os animais que estão abandonados nas ruas é por culpa da sociedade em sua organização, devemos nos movimentar para suprir esta deficiência a fim de servir de exemplo a organização social humana. Enquanto não dermos dignidade aos nossos animais, nunca teremos uma sociedade justa. 

JOP - Sendo um candidato que busca ser eleito pela primeira vez para a Câmara Municipal, o que você pode oferecer à população e mostrar que tem condições de substituir um dos vereadores que estão atualmente em mandato? 

RL – Eu parto do princípio de que um vereador não só legisla ou fiscaliza, ele é capaz de fazer muito mais, como buscar parcerias público-privadas, recursos públicos parlamentares ou estatais porque é possível. É preciso ter em mente que a humanização é a base de quem representa uma população. Então, quero mostrar que esse automatismo precisa ser deixado de lado. O vereador não é uma estrela de cinema, é um funcionário público à disposição da população e esse será o meu diferencial. 

JOP - Como você baseará sua atuação na Câmara Municipal de Mauá, caso eleito? 

RL – Ouvindo a população, buscando os recursos onde eles estiverem, comunicando os feitos, apontando as falhas e jogando sempre com a verdade. 

JOP - O que é possível mudar na cidade através do trabalho de um vereador? 

RL – Acredito piamente que com a humanização muita coisa pode mudar. É comum as pessoas não terem informações à respeito de alguns pecúlios que lhes são de direito, bem como um sistema como o da saúde que permite à pessoa necessitada desde uma fralda até um remédio de alto custo. Na questão social, muitas pessoas não sabem a responsabilidade de seus entes queridos que estão como moradores de rua, bem como suas atribuições e é dever do vereador e de sua equipe ouvir, apurar e informar e jogar com a verdade é a melhor forma de promover mudanças nesta cidade. 

JOP - Uma das funções de um vereador é propor projetos de lei que beneficiem a população. Existe(m) alguma(s) área(s) que você vê como prioridade no momento? 

RL – A causa animal, por exemplo, precisa de várias legislações, desde a liberação de drones para comprovar maus-tratos por vista aérea, bem como leis que incentivem os lares temporários. É necessária também a criação de uma lei que facilite a doação de medicamentos veterinários fracionados em um ponto central para redistribuição. Incluir o veterinário no programa “Saúde da Família”, para avaliação de correlação com doenças zoonóticas, e ao mesmo tempo, triar a condição de vida do animal é outro projeto que pode ser implementado. Anexar outro departamento, junto a polícia civil de Mauá, especializada em crimes de maus-tratos e ambientais também é uma proposta nossa.

Na área social, é necessário novos estatutos para abrigar moradores de rua fora da faixa etária de 60 anos. Precisamos também de leis que reintegrem profissionalmente esses internos sob tutela municipal, entre outras. 

JOP - A fiscalização dos atos do Poder Executivo é outra função primordial do trabalho parlamentar. Para você, de que forma este trabalho deve ser realizado? 

RL – Acompanhando de perto contratos, empreiteiras, obras desde sua contratação, sua prestação de contas e sua finalização. Devemos acompanhar também a aprovação de leis na Câmara e as sanções da administração.