Na expectativa pelo segundo turno das eleições municipais, Marcelo Oliveira fala sobre campanha e perspectivas para o pleito

Por Portal Opinião Pública 26/11/2020 - 09:40 hs
Foto: Leandro Laranjeira / Divulgação
Na expectativa pelo segundo turno das eleições municipais, Marcelo Oliveira fala sobre campanha e perspectivas para o pleito
Marcelo Oliveira destacou que continuará fazendo uma campanha propositiva nesta reta final

A três dias do segundo turno da eleição municipal que definirá quem comandará Mauá pelos próximos quatro anos, o Jornal Opinião Pública traz uma entrevista exclusiva com o candidato Marcelo Oliveira (PT), um dos postulantes ao cargo, completando assim a curta série de bate-papos com os prefeituráveis da cidade. Na última semana, já tínhamos conversado com o atual prefeito e candidato à reeleição Atila Jacomussi (PSB).

Segundo colocado na preferência popular no primeiro turno do pleito, com 19,84% dos votos válidos, o que representa 38.330 sufrágios, o petista teve uma disputa acirrada com o juiz João Veríssimo (PSD) para garantir um lugar na segunda fase da eleição municipal. E nesta semana, ele foi convidado a falar sobre o transcorrer de sua campanha, tanto no período de campanhas no primeiro como no segundo turno, o que achou dos resultados das urnas, quais são as expectativas para a votação do dia 29 de novembro e outros assuntos.

Confira abaixo o que disse Marcelo Oliveira. 

Jornal Opinião Pública - Qual a avaliação que você faz referente à sua campanha no primeiro turno das eleições municipais? 

Marcelo Oliveira - Fizemos uma campanha propositiva e de respeito ao morador de Mauá. Sofremos diversos ataques mentirosos de adversários, mas, seguimos em nossa caminhada da esperança defendendo dias melhores para a nossa querida cidade com seriedade e serenidade, pois sabemos que temos o melhor projeto para resgatar Mauá da difícil situação em que está mergulhada desde 2017. E será assim, mostrando quem é atual prefeito, o que ele representa e divulgando nossas propostas é que vamos seguir até o final da eleição. 

JOP - Sente-se satisfeito com os resultados das urnas? 

MO - O povo de Mauá deu o recado. Ao menos 65% da população mostrou não aprovar o atual governo. As pessoas não querem passar mais quatro anos em uma cidade sem saúde, que falte empregos e oportunidades e não tenha políticas públicas aos menos favorecidos. Quem escolheu Mauá para viver, trabalhar e constituir família está cansado em ver a cidade nas páginas policiais, comandada por um prefeito comprovadamente irresponsável. Vivemos uma das situações mais complicadas e tristes de nossa história. Isso tem de mudar com urgência. 

JOP - O que foi possível absorver, nos contatos com a população, em relação às principais demandas da cidade? 

MO - Uma das principais marcas de nosso mandato na Câmara e do próprio Partido dos Trabalhadores sempre foi a de dar voz à população. O diálogo é a base de todo projeto vencedor. Quando governamos juntos com o povo, a possibilidade de errar é muito menor. Por isso, quero governar com a população. Paralelamente às nossas andanças por todos os cantos de Mauá, lançamos, já no início da pré-campanha, uma plataforma para que os moradores enviassem sugestões de melhorias à cidade. Essas ações ajudaram a construir nosso plano de governo. É perceptível que as pessoas não aguentam mais a atual situação do município. Os problemas estão em todas as áreas e Mauá hoje é uma cidade sem lei. E, acima de tudo, sentimos que as pessoas querem ser tratadas com respeito, ter a dignidade preservada, voltar a se orgulhar de morar em uma cidade de oportunidades e estejam satisfeitas com os rumos da administração pública. Os mauaenses precisam de autoestima. Isso é inviável com um prefeito alvo de três operações da Polícia Federal e do GAECO, da Polícia Civil, que foi preso duas vezes por desvios na merenda escolar e segue investigado por autorizar ligações clandestinas de água e por superfaturamento no hospital de campanha em plena pandemia. O atual prefeito tenta a reeleição, mas, sabe que não tem legitimidade nem condições de liderar um projeto de retomadas dos desenvolvimentos social e econômico da cidade. E ele tem consciência de que pode nem terminar um novo mandato. 

JOP - Restando poucos dias para o segundo turno, como sua campanha será conduzida daqui em diante? 

MO - Da mesma maneira como fizemos durante o primeiro turno, ou seja, mostrando propostas que podem ser colocadas em prática, incentivando os munícipes a pesquisarem nosso nome e fazer a comparação entre os dois candidatos. Também continuaremos a mostrar quem é atual prefeito e o que, de fato, ele representa. Nossa campanha sempre foi e continuará a ser baseada na divulgação de verdades, sem o artifício de propagar fake news em benefício próprio e tentar o poder a qualquer custo. A população tem a chance de pesquisar, saber quem é quem, e decidir o melhor caminho para Mauá. 

JOP - Qual sua opinião sobre seu adversário nesta fase decisiva do pleito municipal? 

MO - Ele já teve a oportunidade de trabalhar por Mauá e, infelizmente, não o fez. Pior, envolveu-se em uma série de irregularidades, foi preso por corrupção, sofreu impeachment no Legislativo e lamentavelmente voltou à Prefeitura por decisão da justiça brasileira. Na primeira oportunidade que teve de fazer algo diferente, pelo bem da população, em plena pandemia do coronavirus, mostrando que tinha se arrependido dos erros cometidos, mais uma vez foi incapaz de tomar decisões e fazer o correto. Tanto é verdade que está sendo investigado por superfaturamento no hospital de campanha. Seria muito melhor se tivéssemos colocado nossa candidatura para opor um projeto com o qual não concordássemos por ter uma visão diferente do que estava sendo feito. Mas, o caso é muito mais sério. Falamos de um candidato que levou desrespeito e vergonha à população e ficou marcado como o pior prefeito da história de Mauá. 

JOP - Quais são suas expectativas em relação ao segundo turno? 

MO - Gostaria que tivéssemos uma campanha propositiva, onde pudéssemos confrontar histórias de vidas e propostas para a cidade. Infelizmente, isso não aconteceu. Além de meu concorrente ter fugido e se negado a defender suas ideias em debates diretos comigo, temos enfrentado muitos problemas nas ruas. Equipes da campanha adversária têm rodado a cidade com o objetivo de intimidar nosso pessoal de rua e evitar, até com certa violência, a propagação de ideias e a distribuição de materiais com propostas e informações verídicas à população.