Nesta semana, completaram-se oito e dois anos de duas das maiores tragédias recentes do Brasil: o incêndio da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, e o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, respectivamente. E nos dois casos, mesmo após tantos anos, nenhum dos responsáveis foi punido.
Começando pelo caso mais antigo, oito anos depois da tragédia que matou 242 pessoas e deixou outras 680 feridas na cidade de Santa Maria, nenhum dos quatro réus indiciados no caso foi julgado. E o julgamento em júri popular, ao qual eles serão submetidos, sequer tem data para ser realizado. Na mais otimista das expectativas, a aferição ocorrerá no segundo semestre deste ano. Mas não há nada confirmado. E enquanto isso, as famílias das vítimas, que clamam por justiça, seguem um martírio em busca de uma reparação que nunca chegará perto de amenizar a dor pela perda de um ente querido.
Situação semelhante vivem os familiares das vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho, ocorrido há dois anos. A tragédia, que matou 270 pessoas – 11 delas seguem desaparecidas até hoje e podem levar até quatro anos para serem encontradas – segue um enredo semelhante ao que ocorreu no Rio Grande do Sul: nenhum dos responsáveis foi julgado e não há expectativa para tal.
Ao lembrar destes dois episódios, é difícil não se perguntar sobre quais são as perspectivas dos familiares dessas vítimas em relação a solução de seus casos? Será que eles vão ter que esperar mais quanto tempo para que a justiça julgue os responsáveis pelas dores passadas ao longo desses anos? É incompreensível.
Dois casos diferentes, separados por seis anos, mas que seguem pelo mesmo caminho: o da impunidade. É a morosidade da justiça brasileira prolongando a dor e o sofrimento de quem perdeu seus entes queridos.
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