O aumento no número de casos de infecções pelo novo coronavírus já não é mais alarmante no Brasil. É desesperador. Várias cidades em todo o país estão precisando adotar medidas cada vez mais urgentes e restritivas na tentativa de controlar a pandemia. Nesta quarta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou novas medidas de fiscalização entre as 23h e às 5h para restringir a circulação de pessoas, medida semelhante à que o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, havia anunciado segunda. Em Araraquara, já morreram mais pessoas vítimas da Covid-19 nos dois primeiros meses de 2021 do que em 2020.

Em outros estados, a situação não é melhor, pelo contrário. Na última semana, vários municípios chegaram a anunciar a interrupção da aplicação de vacinas por não terem doses suficientes para seguir com a imunização. E em meio a tudo isso, muitos irresponsáveis seguem agindo como se nada acontecesse. Promovem aglomerações e pouco se importam com a saúde do próximo. Ou com a própria. E enquanto isso, cada vez mais pessoas morrem.

Isso sem contar os casos escabrosos de agentes de saúde que fingiam aplicar a vacina em idosos, sabe-se lá por qual motivo. Um absurdo total.

A situação em que vivemos é calamitosa. Se de longe, vemos outras nações agindo com o mínimo de seriedade para evitar maiores problemas, por aqui presenciamos o tudo pode e a falta de respeito para com o próximo.

Ainda temos esperanças em dias melhores, mas está cada vez mais difícil de acreditar que o saldo negativo trazido por essa pandemia ao país, seja menos vexatório quando tudo isso acabar.