Editorial - Reflexão

Por Portal Opinião Pública 11/03/2021 - 11:30 hs
Foto: Freepik

Na última segunda-feira, dia 8 de março, foi comemorado mais um Dia Internacional das Mulheres, data celebrada anualmente em todo o mundo. E mais do que apenas congratular mães, esposas, namoradas, avós, filhas, irmãs, tias e amigas, o Dia Internacional da Mulher pede uma reflexão sobre a forma como muitas mulheres têm sido tratadas e os obstáculos que elas precisam enfrentar e superar para mostrar o seu valor.

Não é novidade que as mulheres são vistas como inferiores em uma sociedade ainda bastante machista. E em cada camada dela, é possível enxergar as ações que ratificam essa visão. O âmbito profissional é um dos que mostra, com maior clareza, exemplos disso.

Várias profissionais são julgadas não por sua competência ou méritos, e sim simplesmente por serem mulheres. São descreditadas, humilhadas e desvalorizadas quando tentam expor suas ideias, recebem salários menores em relação aos oferecidos a homens, mesmo que para exercer a mesma função, têm sempre suas capacidades colocadas em xeque e são até mesmo desmerecidas intelectualmente por seus atributos físicos. Isso sem falar nos casos de assédio, especialmente por parte de chefes e superiores, que usam suas posições para se aproveitar.

Nas ruas ou em casa, porém, a situação não é diferente. Muitos homens se sentem livres para importunar mulheres como se elas fossem simples objetos, ou para demonstrar um sentimento de posse diante de uma companheira. E isso sempre utilizando argumentos dos mais estapafúrdios. Não à toa, o número de casos envolvendo assédio e crime de feminicídio tem aumentado exponencialmente nos últimos anos.

Infelizmente, ainda há um longo caminho para que as mulheres possam celebrar uma sociedade mais igualitária e menos perigosa para elas. E é dever de todos, principalmente dos homens, mudar certos comportamentos para acelerar esse processo. Nossas mães, esposas, namoradas, avós, filhas, irmãs, tias e amigas merecem.